O primeiro jato executivo médio Embraer Legacy 500 construído em Melbourne, nos Estados Unidos, voou pela primeira vez na última quinta-feira (13). Segundo a fabricante, a aeronave funcionou como o esperado e todos os procedimentos de teste de voo foram concluídos com sucesso.
“Estamos muito satisfeitos com mais um marco para o Legacy 500 e estamos ansiosos para entregar a aeronave no terceiro trimestre”, disse Michael Amalfitano, presidente e CEO da Embraer Executive Jets. “Este voo também é um marco para as operações de Melbourne, onde expandimos nossa instalação de produção e dobramos nossa atuação”.
O Legacy 500 é o quarto modelo executivo a ser montado nas instalações da Embraer nos EUA. A empresa também produz na unidade na Florida os jatos Legacy 450, Phenom 100 e o Phenom 300 – essas mesmas aeronaves também são fabricadas na instalação da empresa em São José dos Campos (SP).
Embraer “made in USA”
A Embraer iniciou a montagem de aeronaves em Melbourne no início de 2011, com o Phenom 100, seguido do Phenom 300, em agosto de 2012. Nesses poucos mais de cinco anos, a fábrica da empresa brasileira nos EUA entregou 200 jatos da série Phenom, para clientes nos EUA e de outros 12 países.
A linha de montagem da série Legacy nos EUA foi inaugurada em julho de 2016, com o modelo Legacy 450. A fuselagem e outros componentes dos jatos são fabricados nas unidades da Embraer em Botucatu (SP) e São José dos Campos (SP) e enviados de navio para Melbourne. Outras partes da aeronave também são construídas na unidade da fabricante em Portugal.
A fábrica nos EUA é uma estratégia da Embraer para ficar mais próximo do consumidor final do maior mercado de jatos executivos do mundo. Os EUA representam hoje 70% da demanda para a Embraer nessa categoria.
A unidade da Embraer nos EUA fica na região conhecida como “Space Coast”, a poucos minutos do Cabo Canaveral, a famosa base da NASA, onde eram realizados lançamentos de naves espaciais.
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Comentários dizendo que “a Embraer não é mais brasileira” em 4…3…2…1…
Pensei que eles foram para os EUA por causa de sanções contra o uso de motores americanos. Gostei do argumento do artigo.