A Lufthansa terá a honra de receber o primeiro Boeing 777-9 do mundo, garantiu o diretor financeiro da fabricante, Brian West, nesta semana.
O título de cliente lançadora do novo widebody gerava dúvidas já que a Emirates Airline também era citada como estreante da aeronave.
A confirmação ocorreu na terça-feira, 28, durante a coletiva de resultados do 4º trimestre onde a Boeing revelou ter tido um prejuízo de US$ 11,8 bilhões em 2024, quase o mesmo patamar de 2020, em meio à pandemia.
Siga o AIRWAY nas redes: WhatsApp | Telegram | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
O programa 777X é uma das dores de cabeça da empresa dos EUA, que esperava colocá-lo em serviço em 2021.
Atrasos no projeto, incluindo problemas com o imenso motor GE9X e a mudança de atitude da FAA em relação à Boeing após os acidentes com o 737 MAX complicaram o desenvolvimento da aeronave.
No ano passado um novo problema: os suportes de empuxo dos motores revelaram danos estruturais e tiveram que ser reprojetados.
Primeira entrega em 2026
Um dos quatro protótipos voltou a voar dias atrás após ser reparado e o programa de certificação foi retomado.
A Boeing ainda aposta que conseguirá a certificação de tipo da FAA a tempo de entregar o primeiro 777-9 para a Lufthansa, que tem 20 pedidos firmes da variante.
O 777X chegará a um mercado bastante diferente de quando foi lançado. Surgido como uma alternativa mais eficientes aos grandes widebodies como o 747 e o A380, a aeronave pode levar cerca de 430 passageiros em duas classes e em distâncias bastante grandes.
Resta saber se esse perfil ainda possui tanta demanda assim entre as companhias aéreas.
Não há, no momento, nenhuma outra aeronave capaz de rivalizar com o 777X e só uma versão remotorizada do A350-1000 mas será que a fabricante francesa estaria disposta a oferecer tal produto?