A Força Aérea Portuguesa (FAP) e a Embraer assinaram o contrato para fornecimento de 12 aeronaves A-29N Super Tucano nesta segunda-feira, 16, em cerimônia realizada na subsidiária OGMA, em Alverca.
Os aviões de treinamento avançado e apoio aéreo aproximado terão um custo de 200 milhões de euros, como havia anunciado o governo português em 13 de dezembro.
O A-29N é uma variante específica para uso dentro da OTAN, a Organização do Tratado Atlântico Norte, e para isso é equipado com aviônicos e sistemas da aliança militar.
Segundo o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa, general João Cartaxo Alves, os primeiros Super Tucanos serão entregues no último trimestre de 2025 e estarão operacionais no início de 2026.
A encomenda de Portugal é a primeira do Super Tucano na Europa em quase 20 anos que aeronave está em atividade. Ao contrário do EMB-312 Tucano, do qual se originou e que operou na Real Força Aérea e na Força Aérea Francesa, o A-29 não encontrou clientes no continente até hoje.
OGMA fará adaptação para o padrão OTAN
A Embraer quer mudar essa realidade com o A-29N e contará com apoio do governo português para buscar mais operadores. A Holanda é tida como uma proválvel cliente do turboélice.
O interesse de Portugal no Super Tucano não é pontual. A OGMA, que produz componentes e dá suporte à aeronaves da Embraer, tem 35% de suas ações como estado português.
A adaptação dos A-29 para o padrão da OTAN será feita justamente pela subsidiária portuguesa.
A Força Aérea Portuguesa está sem uma aeronave de treinamento avançado desde a aposentadoria dos Alpha Jet em 2018.