A República Eslovaca recepcionou os dois primeiros caças F-16 Bloco 70 nesta segunda-feira, 22, iniciando uma fase de modernização que culminará com a entrega de 14 aeronaves da Lockheed Martin até o final de 2025.
Localizada próximo à região do conflito entre Rússia e Ucrânia e com uma grande fronteira ao sul com a Hungria, a Eslováquia está sem caças de defesa aérea desde que repassou seus MiG-29 para a Força Aérea Ucraniana.
Enquanto aguardava o treinamento final de seus pilotos e pessoal da terra, a Força Aérea Eslovaca contou com a proteção de caças da OTAN, do qual é membro.
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Os dois primeiros F-16 haviam sido entregues oficialmente em fevereiro, mas permaneceram nos Estados Unidos para fins de treinamento.
“A Eslováquia está na vanguarda da adoção do caça de 4ª geração mais avançado da Europa, o F-16 Block 70. Esses jatos não apenas representam uma aliança mais forte entre a Eslováquia, os Estados Unidos e os aliados da OTAN, mas também equipam a Força Aérea Eslovaca com avançados capacidades para enfrentar os desafios do século 21”, disse OJ Sanchez, vice-presidente e gerente geral do Integrated Fighter Group da Lockheed Martin.
Potencial de venda de 300 F-16
Os jatos F-16 Block 70 são equipados com o radar Northrop Grumman APG-83 AESA, aviônicos avançados, possuem vida útil estrutural estendida de 12.000 horas e recursos como o Sistema Automático de Prevenção de Colisões no Solo (Auto GCAS).
A Lockheed Martin retomou a produção de caças F-16 em 2023 após transferir a linha de montagem de Fort Worth, que passou a fabricar o F-35, para Greenville, na Carolina do Sul.
Segundo a empresa, há uma carteira de 128 jatos F-16 Bloco 70/72 dos quais 12 já foram entregues.
Durante a RIAT 2024, a Lokcheed revelou ver potencial para produzir mais 300 desses caças no futuro para potenciais clientes como Filipinas, Tailândia e Turquia.
Caso isso se confirme, o F-16 pode ultrapassar a marca de mais de 5.000 aeronaves produzidas desde os anos 70.