Problema nas asas dos E-Jets da Embraer faz ANAC determinar reforço estrutural em vários jatos

Diretriz de aeronavegabilidade foi emitida na semana passada e afeta sobretudo os modelos E190, mas também o E195. FAA também determinou revisão de jatos E170 e E175 que voam nos EUA
Embraer E190 da Jetblue (PierreSelim/Wikimedia)

Sinais de fadiga estrutural detectados em aeronaves E-Jets da Embraer motivaram a ANAC, a agência nacional de aviação civil, a emitir uma diretriz de aeronavegabilidade em 14 de dezembro determinando novos procedimentos de manutenção em modelos E190 e E195.

A diretriz separa os aviões em modelos ERJ 190-100 STD, ERJ 190-100 LR, ERJ 190-100 IGW, ERJ 190-100 SR, ERJ 190-200 STD, ERJ 190-200 LR e ERJ190-200 IGW que estão em operação e que passarão por revisões mais constantes em suas asas.

Já os E190 e E195 mais antigos, com números de série de 19000001 a 19000077 terão de receber um reforço dos painéis do revestimento inferior da semiasa direita e esquerda, desde que tenham atingido certos níveis de horas de voo e de ciclos.

Os aviões em serviço afetados pela modificação estrutural voam no exterior em companhias como JetBlue, German Airways, Air France, Alliance e Aeromexico. A princípio, não há registro de nenhum E-Jet em operação no Brasil.

O E175 da Horizon Air e que voa nas cores da Alaska (Colin Brown Photography)

E170 e E175 serão revisados nos EUA

A diretriz emitida pela ANAC está sendo também seguida pela FAA (Federal Aviation Administration), a autoridade de aviação civil dos EUA, que emitiu um documento semelhante referente aos jatos E170 e E175, este último muito popular no país.

Ela envolve os modelos ERJ 170-100 LR, -100 STD, -100 SE e -100 SU; e modelos ERJ 170-200 LR, -200 SU, -200 STD e -200 LL e é uma revisão de outra diretriz de aeronavegabilidade emitida em 2019, que alertava para possíveis trincas e rachaduras que poderiam “resultar em integridade estrutural reduzida do avião e evitar falhas latentes significativas de segurança”.

Nesse caso, o alerta foi feito pela Horizon Air, empresa cliente da Embraer que opera os E175 em nome da Alaska Airlines e solicitou à FAA que atualizasse os relatórios de manutenção da aeronave.

Segundo a agência, as modificações afetam 662 aeronaves registradas nos EUA. A diretiva de aeronavegabilidade passará a valer em 23 de janeiro de 2023.

Procedimento normal

Consultada, a Embraer afirmou que a diretriz de aeronavegabilidade apenas torna obrigatória aos operadores recomendações já feitas pela própria fabricante. “Trata-se de procedimento padrão para manutenção preventiva regular das aeronaves E190 e E195”, segundo a empresa.

Nota do editor: o artigo foi corrigido para inclusão do modelo E195, que também é afetado pela diretiva da manutenção da ANAC.

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  1. Na verdade a AD que a ANAC emitiu foi somente para os E170 e não para a linha E190
    No Brasil não tem nenhum E170 operando

  2. Olá, Lucas, tem razão, há alguns E195 afetados na lista que cita o reforço estrutural, mas nenhum seria usado pela Azul. Já em relação às mudanças no plano de manutenção, envolvem todos os aviões, aparentemente. Obrigado pelo aviso.

  3. Ao Peteleco: você entende de avião da mesma maneira que eu entendo da língua russa. Quanta bobagem escrita em uma única linha.

  4. Problema inadmissível para os dias atuais, tendo em vista o amplo acesso à modelos matemáticos estruturais. Não há mais limites computacionais para a utilização do método dos elementos finitos…

  5. Pelo visto o depto todo de engenharia falhou no projeto destas asas. Como muito bem comentado anteriormente Não há justificativa com TDS estes recursos de computação e simulação estrutural constatar agora um erro deste. Um modelo tão novo como estes e já com estes indícios de fadiga. A Embraer pode sofrer muito na comercialização das aeronaves daqui em diante.

  6. Qualquer engenheiro que possui CREA mesmo os formados nos confins do mundo sabe que um software de elementos fintios não sabe nada de critério de fadiga, e nem sabe decidir se um componente vai falhar em uso.
    Portanto, a falha neste caso que poderá trazer sérias consequências para a Embraer pode ter sido em estabelecer um critério de cálculo aceitável

  7. Quanta merda escrita sobre engenharia aqui. Primeiro, aviao é projetado no limite da segurança. Segundo, elementos finitos dificilmente apontam fadiga precisamente, fadiga é ligada a muitos fatores imprevisíveis. Terceiro , encontrar falhas e corrigir faz parte de qualquer produdo complexo. Quarto, a350, a380, etc, etc,etc.. tb tiveram problemas similares. Quinto, projeta um avião, depois critica…kkk

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