A Airbus e a Qatar Airways informaram nesta quarta-feira (1) que chegaram a um “acordo amigável e mutualmente aceitável” em relação à disputa judicial sobre o desgaste acelerado da pintura de jatos A350 operados companhia árabe e o aterramento da aeronave no Catar. A desentendimento entre as duas empresas durou mais de um ano.
Em agosto de 2021, a Qatar Airways, atendendo a recomendação da autoridade de aviação catari, aterrou parte de sua frota de modelos A350 que apresentaram deteriorações prematuras das pinturas.
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Após o surgimento do problema, a transportadora árabe cobrou uma solução rápida da Airbus, o que não ocorreu. Sentindo-se lesada, a companhia iniciou então uma disputa legal contra a fabricante europeia, em dezembro de 2021, na qual pedia uma indenização de US$ 600 milhões.
No entanto, o desenrolamento do processo, que correu na justiça do Reino Unido, pendeu para o lado da Airbus, que passou a exigir uma compensação de US$ 220 milhões da Qatar. Na ocasião, a fabricante alegou que o problema nos jatos da companhia árabe era um fenômeno isolado e que não prejudicava a operação do widebody, como a empresa afirmava.
Com o acordo de liquidação, em que nenhuma das empresas admite suas responsabilidades sobre os problemas nas aeronaves, as duas partes agora procederão para descontinuar suas reivindicações legais. Os detalhes da negociação foram mantidos em segredo.
“Um projeto de reparo está em andamento e ambas as partes esperam colocar essas aeronaves de volta no ar com segurança”, concluiu a Airbus.
A companhia aérea do Qatar é a cliente lançadora do widebody, tendo recebido o primeiro A350-900 em dezembro de 2014. A transportadora também foi a primeira a operar a variante de maior capacidade, A350-1000, em 2018.
Coincidentemente após a fabricante europeia noticiar mudanças no processo de fabricação da parte externa do modelo em questão.