A Ethiopian Airlines esteve perto de escolher um novo jato regional entre modelos E2, da Embraer, e A220, da Airbus, mas acabou protelando uma decisão em vista dos persistentes problemas com os motores Pratt & Whtiney GTF.
O turbofan equipa ambas aeronaves e é muito eficiente, porém, sofre com problemas de confiabilidade. A fabricante tem feito um recall nas unidades produzidas, porém, a grande quantidade de motores afetados tem obrigado algumas companhias aéreas a manter seus aviões no solo por longos períodos.
O motor utiliza engrenagens para oferecer um consumo menor e está presente não apenas em todos os A220 e E2 como também em parte da família A320neo.
São os A320neo e A321neo que mais demandam inspeções e correções, mas o trabalho acumulado acaba afetando também os tipos regionais.
Pedido de cerca de 20 jatos
Há muito tempo, a Ethiopian avalia jatos regionais para sua frota com o objetivo de substituir parte de seus turboélices Dash 8, do qual opera 30 aeronaves.
Em entrevista à Aviation Week, o CEO da transportadora, Mesfin Tasew Bekele, afirmou que a Ethiopian vai esperar a resolução dos problemas para anunciar um pedido.
Ainda segundo ele, o acordo prevê uma encomenda de ‘dois dígitos’, com cerca de 10 pedidos firmes e 10 opções de compra.
Embora não tenha revelado uma variante específica, Bekele dá entender que os modelos seriam o A220-100 ou o E190-E2, cuja capacidade gira em torno de 110 a 130 assentos.
A Ethiopian é uma cliente majoritariamente de aeronaves da Boeing, com exceção do widebody A350 e os turboélices Dash 8, que não são mais fabricados.