Problemático motor GTF impede cia aérea africana de escolher entre o Embraer E2 e o Airbus A220

Turbofan da Pratt & Whitney equipa ambas aeronaves e tem passado por longo recall. Ethiopian Airlines pode encomendar cerca de 20 jatos regionais para substituir parte da frota de turboélices
E195-E2 vs A220
E195-E2 vs A220 (Bene Riobó/Markus Eigenheer)

A Ethiopian Airlines esteve perto de escolher um novo jato regional entre modelos E2, da Embraer, e A220, da Airbus, mas acabou protelando uma decisão em vista dos persistentes problemas com os motores Pratt & Whtiney GTF.

O turbofan equipa ambas aeronaves e é muito eficiente, porém, sofre com problemas de confiabilidade. A fabricante tem feito um recall nas unidades produzidas, porém, a grande quantidade de motores afetados tem obrigado algumas companhias aéreas a manter seus aviões no solo por longos períodos.

O motor utiliza engrenagens para oferecer um consumo menor e está presente não apenas em todos os A220 e E2 como também em parte da família A320neo.

Turboélice Dash 8 da Ethiopian Airlines (Alan Wilson)
Turboélice Dash 8 da Ethiopian Airlines (Alan Wilson)

São os A320neo e A321neo que mais demandam inspeções e correções, mas o trabalho acumulado acaba afetando também os tipos regionais.

Pedido de cerca de 20 jatos

Há muito tempo, a Ethiopian avalia jatos regionais para sua frota com o objetivo de substituir parte de seus turboélices Dash 8, do qual opera 30 aeronaves.

Embraer E190-E2
Embraer E190-E2 (Steve Lynes/CC)

Em entrevista à Aviation Week, o CEO da transportadora, Mesfin Tasew Bekele, afirmou que a Ethiopian vai esperar a resolução dos problemas para anunciar um pedido.

Ainda segundo ele, o acordo prevê uma encomenda de ‘dois dígitos’, com cerca de 10 pedidos firmes e 10 opções de compra.

O A220-100: capacidade para até 135 passageiros
O A220-100: capacidade para até 135 passageiros (Airbus)

Embora não tenha revelado uma variante específica, Bekele dá entender que os modelos seriam o A220-100 ou o E190-E2, cuja capacidade gira em torno de 110 a 130 assentos.

A Ethiopian é uma cliente majoritariamente de aeronaves da Boeing, com exceção do widebody A350 e os turboélices Dash 8, que não são mais fabricados.

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