A produção do gigante Antonov AN-225, o maior avião do mundo, será retomada. A fabricante ucraniana firmou um acordo na última terça-feira (30/8) com a Aviation Industry Corporation of China (AVIC), uma das maiores fabricantes de aviões da China, baseada em Hong Kong. Apenas uma unidade do AN-225, o Myria (“Sonho”, em ucraniano), foi finalizada, em 1988, e um segundo modelo nunca foi concluído.
O primeiro passo da parceria entre as empresas é justamente finalizar a construção da segunda célula do AN-225, atualmente armazenada na fábrica da Antonov, em Kiev, na Ucrânia. Os fabricantes ainda não determinaram nenhum prazo para conclusão da aeronave.
Terminado o segundo aparelho, a intenção das empresas é restaurar a produção em série do AN-225, possivelmente na China.
O segundo AN-225, que tem parte da fuselagem construída, será um pouco diferente do primeiro e único Myria que voou. A principal mudança será na cauda com apenas uma deriva, e não duas, como no modelo que foi finalizado. O dispositivo duplo foi projetado para ajudar a transportar o antigo ônibus espacial soviético, o Buran.
Com o colapso da União Soviética, em 1991, o programa espacial soviético foi cancelado e junto com ele os projetos do Buran e a continuação do AN-225.
640 toneladas
Além de ser o maior avião do mundo, com 84 metros de comprimento por 88,4 m de envergadura, o AN-225 também é o mais pesado: a aeronave pode decolar com peso máximo de até 640 toneladas, sendo 250 toneladas apenas de carga. Com essa capacidade, o gigante tornou possível o transporte aéreo de volumes que antes eram carregados em navios.
Para decolar com todo esse peso, o gigante com asas da Antonov é impulsionado por seis motores a jato. Para o pouso, o AN-225 toca a pista com conjunto do trem de pouso com 32 rodas. Segundo dados do fabricante, a aeronave pode voar a velocidade máxima de 870 km/h e o alcance varia de 14.500 km a 4.500 km, de acordo com o peso da carga.
O único AN-225 em operação pertence a Antonov Airlines, companhia aérea cargueira da fabricante ucraniana. Transportar uma carga de 200 toneladas a bordo do Myria por 10.000 km custa cerca de US$ 300 mil, o equivalente a quase R$ 1 milhão.
Veja mais: Antonov AN-225, o rei dos ares
Obs — Myria é sonho em “russo”. A Ucrânia fala russo
Boa notícia para os apaixonados pelo Antonov .
Vamos ficar sempre na torcida de mais gigantes como esse voando pelo mundo !
Angelo Oliveira
Atendimento aeroportuário
Manutenção aeronáutica
A Ucrânia fala russo ou também russo?
Corrigindo o comentário de Paulo Galdino : Na Ucrânia se fala ucraniano sim como diz a reportagem e não russo .
É Mriya, não Myria.