Qualquer ganho de eficiência em consumo de combustível e redução de emissões poluentes é bem-vindo na aviação, mesmo uma evolução de apenas 1%. Pois é esta a melhoria oferecida pela Pratt & Whitney em seu novo motor turbofan GTF Advantage, que começou a ser testado em uma aeronave Airbus A320neo, segundo anuncio da fabricante de motores divulgado nessa terça-feira (4).
De acordo com a Pratt & Whitney, a campanha de testes de voo inicial servirá para amadurecer o motor atualizado, bem como avaliá-lo em diferentes ambientes, incluindo clima quente e frio e operação em aeroportos localizados em altitudes elevadas. Nos ensaios em solo, o GTF Advantage foi submetido a mais de 2.400 horas e 7.800 ciclos de testes, incluindo provas com combustível de aviação sustentável (SAF), informou a empresa, que avalia o novo produto em sua sede em Mirabel, no Canadá.
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“Os motores GTF já oferecem o menor consumo de combustível e emissões de CO2 para a família A320neo”, disse Rick Deurloo, presidente da áreas de Motores Comerciais da Pratt & Whitney. “O GTF Advantage estende essa liderança. Também aumenta a capacidade da aeronave aumentando o empuxo e protege a durabilidade do motor ao operar mais frio. Para as companhias aéreas, isso significa novas oportunidades de receita e melhor economia operacional.”
A Pratt & Whitney diz que o GTF Advantage é mais eficiente em decolagens. Ao nível do mar, o novo motor gera 4% a mais de empuxo na fase de decolagem e em aeroportos mais elevados, o ganho é de até 8%, comparado ao motor GTF atual utilizado no A320neo. Segundo o fabricante, essa melhoria no propulsor aumenta o alcance de voo da aeronave e a carga útil, tornando-o particularmente adequado para o novo Airbus A321XLR. A certificação do novo propulsor é esperada para a segunda metade de 2023.
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Os motores da linha GTF da Pratt & Whitney são uns dos mais disseminados na aviação, sobretudo em jatos de fuselagem estreita. Versões desse motor são utilizadas, por exemplo, nos modelos das famílias A320 e A320neo da Airbus e também dos E-Jets 2 da Embraer. Outro avião que usou o turbofan da empresa canadense foi o russo Irkut MC-21.