A Embraer não lançará um novo turbo-hélice no Paris Air Show nem está próxima de uma decisão sobre esse novo avião, afirmou John Slattery, presidente e CEO da divisão comercial da Embraer nesta segunda-feira (27), na sede da empresa em São José dos Campos.
O executivo falou com jornalistas do setor nesta manhã e negou que a fabricante tenha avançado no projeto de voltar a competir no segmento de turbo-hélices regionais, hoje dominado pelos modelos ATR e Q400.
“Continuamos a estudar o mercado, mas não estamos nem perto de lançar um novo programa”, afirmou Slattery. Entre as razões para isso estão a demanda para o segmento, de no máximo 2.500 aviões nos próximos 20 anos, mas também a possibilidade de novas tecnologias ainda em estágio inicial possam mudar completamente a realidade da aviação dentro de alguns anos.
Entre as mais promissoras está a propulsão híbrida. Atualmente, existem vários projetos de aeronaves que utilizam motores elétricos prometendo economia e um bom desempenho, mas por enquanto em pequenos modelos.
Para ser viável em aviões maiores, capazes de transportar de 60 a 90 passageiros, como a Embraer tem estudado, seria preciso que as baterias evoluíssem em peso (menor) e durabilidade (maior). Slattery, no entanto, acredita que vale a pena considerar a tecnologia antes de tomar uma decisão sobre a hipótetica aeronave.
De volta às origens
Se um dia lançar um novo turbo-hélice, a Embraer terá voltado às suas origens. A empresa brasileira tornou-se conhecida justamente por oferecer o Bandeirante, uma aeronave propulsionada por dois motores turbo-hélices PT-6 e criada originalmente para a Força Aérea Brasileira, como alternativa de transporte aéreo econômico numa época em que a aviação regional estava em decadência com o envelhecimento dos aviões a pistão.
Na década de 80, o Brasilia foi sua primeira aeronave desenvolvida especificamente para o mercado regional. Com 30 assentos, o turbo-hélice brasileiro era veloz e versátil, mas enfrentou uma concorrência acirrada e acabou tendo apenas 354 unidades produzidas.
Pouco antes de ter a produção encerrada, o Brasilia deu lugar o ERJ-145, primeiro jato regional da Embraer e que foi o ponto de partida para as novas famílias E-Jet da companhia.
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O projeto “Project 804” da United Technologies, sendo desenvolvidos por especialistas da Collins Aerospace e Pratt & Whitney Canada tem tudo pra caber nesta futura decisão da Embraer ou Boeing Brasil – Commercial.
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