Talvez a fabricante mais avançada na construção do avião que pode assumir o posto deixado pelo icônico Concorde, a Boom, com sede nos EUA, anunciou que vai apresentar no dia 7 de outubro o XB-1, protótipo que será usado para testar o design e as tecnologias do futuro jato comercial supersônico Overture. Devido a pandemia da COVID-19, o lançamento será transmitido pela web.
A Boom informou que nos últimos meses realizou testes estáticos de carga de asa, acoplou as asas do XB-1 à fuselagem de titânio, construiu o estabilizador vertical da aeronave e testou os motores e o trem de pouso do protótipo.
O XB-1 terá aproximadamente um terço da escala proposta para o Overture, que é projetado para transportar entre 55 e 75 passageiros e voar a velocidade máxima de Mach 2.2 (2.716 km/h) impulsionado por três motores turbojato J85-15 da GE Aviation. Versões mais antigas desse motor são usadas, por exemplo, nos caças Northrop F-5 Tiger II, como os operados pela Força Aérea Brasileira.
A empresa, que conseguiu US$ 160 milhões até abril para financiar o projeto, disse que pretende realizar testes de taxiamento e corridas de baixa velocidade com o XB-1 no aeroporto Centennial, próximo de Denver, onde fica a sede da companhia. Já os ensaios de voo com o XB-1 devem começar em 2021 e serão executados no Mojave Air & Space, na Califórnia.
Cautelosa ao apontar uma data de lançamento, o Boom diz que espera ver o Overture voando em “meados da década de 2020”. Por outro lado, a fabricante já estipulou um preço para a aeronave supersônica: cerca de US$ 200 milhões por unidade, valor equivalente ao de quatro jatos Embraer E190-E2.
A Boom também diz que o Overture será econômico ao ponto de permitir às companhias aéreas vender bilhetes a preços comparáveis aos de tarifas de classe executiva em aviões convencionais, algo que os operadores do Concorde nunca conseguiram oferecer e um empecilhos que motivaram sua retirada do mercado em 2003.
Outros nomes na corrida para construir novos aviões comerciais supersônicos são a Aerion e a Spike Aerospace, ambas dos EUA, embora elas estejam focadas em projetos para atender a aviação executiva.
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A matéria é ótima…o problema é desviar de tanto anúncio…. Haja saco ,além de cobrirem o conteúdo.
Falta de respeito .