Após concluir na semana passada os testes de voo de recertificação com técnicos do FAA (a agência de aviação civil dos EUA), o Boeing 737 Max agora será submetido a uma revisão com a participação de tripulações estrangeiras, disseram fontes ao Wall Street Journal. Segundo a publicação, as provas serão iniciadas ainda nesta semana.
O texto do jornal americano cita que pilotos da Europa e do Brasil devem participar da nova etapa de voos. Único operador dos Max do mercado brasileiro, a Gol ainda não confirmou se vai enviar equipes para acompanhar os testes nos EUA, chamados pelo FAA de “revisão de prontidão operacional”.
A sessão complementar de voos do 737 Max analisará como os pilotos podem reagir às mudanças no sistema de controle de voo, o famigerado MCAS (Sistema de Aumento de Características de Manobras). O mal funcionamento do software foi apontado como o principal responsável nos dois acidentes fatais que levaram ao aterramento mundial da aeronave em março de 2019.
Se tudo correr bem, a ordem do FAA que proibiu os voo comerciais do 737 Max deverá ser levantada em setembro. Uma vez finalizados os procedimentos de treinamento de pilotos e os requisitos de manutenção, oficiais do governo e da indústria familiarizados com a certificação preveem que o jato da Boeing seja autorizado a transportar passageiros até o final do ano.
A notícia sobre os novos voos de certificação do 737 Max fez as ações da Boeing subirem 3,9%, alcançando um valor de US$ 187,91 nesta quarta-feira, 8 de julho. O principal fornecedor de estruturas do Max, a Spirit AeroSystems, registrou alta de 1,65%, e a fabricante de motores General Eletric, teve valorização de 2,6%.
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