Enquanto a Sukhoi começa a entregar os primeiros caças de quinta geração Su-57 à força aérea russa, outra fabricante local está concebendo o que pode ser o primeiro jato de combate de sexta geração da Rússia. Trata-se do MiG-41 (ou PAK-DP), aeronave que vem sendo projetada pela Mikoyan (a tradicional MiG) desde 2013 para substituir o antigo MiG-31.
De acordo com o popular site russo Avia.Pro, o MiG-41 fará seu vôo inaugural em 2025. Segundo a página, o primeiro protótipo deve ser concluído em meados de 2023 e, em seguida, será submetido a uma série de testes em solo que devem durar cerca de dois anos. Seguindo esse cronograma, a força aérea russa deve receber os primeiros aparelhos por volta de 2028.
Os poucos detalhes sobre o MiG-41 divulgado até agora apontam para a criação de um caça com desempenho sem paralelo. A aeronave é projetada para voar no limiar do voo hipersônico, capaz de alcançar 5.500 km/h e percorrer 1.500 km. Como comparação, o MiG-31 (o avião mais rápido do mundo na atualidade) pode voar a 3.000 km/h e tem alcance de combate limitado em 720 km.
Além da performance espetacular, o novo caça russo também adotará tecnologia stealth (“invisível” aos radares) e armamentos de última geração, como mísseis de cruzeiro hipersônicos e até armas capazes de abater satélites no espaço. A cúpula russa também cogita implementar “canhões de laser” do novo caça, um tipo de armamento que pode se tornar algo comum num futuro próximo.
Com um território de 17 milhões de km² e fronteiras distantes até 7 mil km de Moscou, a Rússia se especializou em projetar caças pesados e de alta performance. Desde os tempos do desajeitado Tu-128 (o maior caça de todos os tempos) passando pelo MiG-25 e o MiG-31, os russos buscam ter uma quantidade significativa de aeronaves de combate capazes de cobrir longos trechos.
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