A Qantas e a Airbus celebraram nesta segunda-feira (2) em Sydney, na Austrália, um pedido de aeronaves volumoso que inclui 40 jatos de corredor único e doze widebodies que renovarão a frota da companhia aérea australiana a partir de 2023.
O pedido já era conhecido, mas só ratificado agora. A empresa aérea australiana fechou uma encomenda para 20 A220-300 e 20 A321XLR, no chamado Projeto Winton. As duas aeronaves substituirão os Boeing 717 e 737 atualmente em serviço, oferecendo maior alcance e uma operação mais econômica e sustentável.
Enquanto o A220-300 será configurado com 137 assentos (10 na executiva e 127 na econômica), o A321XLR, jato de um corredor de maior autonomia da história, poderá transportar 200 passageiros (20 na executiva e 180 na econômica).
Ambos jatos serão equipados com motores GTF, da Pratt & Whitney.
Projeto Sunrise
A Qantas também confirmou a escolha do A350-1000 como aeronave que será usada no Projeto Sunrise, que ambiciona lançar voos com até 20 horas de duração em rotas como Sydney-Londres e Sydney-Nova York.
A empresa já havia confirmado em dezembro de 2019 que o maior jato bimotor da Airbus era o favorito para o projeto, ao derrotar o Boeing 787, mas a pandemia suspendeu as atividades.
Para ser capaz de voar mais longe, o A350-1000 será configurado com menos assentos (238) em quatro classes com mais de 40% da cabine equipada com assentos premium.
A meta da Qantas é conseguir até 4 horas de redução de tempo nas viagens graças à dispensa de uma escala técnica para reabastecimento. Para contornar os efeitos do longo período em ambiente pressurizado, a transportadora pretende oferecer áreas de bem estar na cabine, para que os passageiros possam se alongar e relaxar.
A expectativa é que o preço das passagens aéreas desses voos sejam mais altos para compensar a menor ocupação.
As rotas do Projeto Sunrise serão realizadas por 12 A350-1000 que serão entregues a partir do final de 2025.