A companhia australiana Qantas anunciou na última semana seu plano de utilizar aeronaves abastecidas com biocombustível em rotas entre cidades da Austrália e Los Angeles, nos Estados Unidos, a partir de 2020. A expectativa da empresa é reduzir em cerca de 50% as emissões de carbono dos aviões nesses trechos.
O combustível alternativo é uma combinação de 50% de querosene convencional com a outra metade de biocombustível produzido a partir de “óleos de plantas não alimentícias”, como explica a SG Preston, dos EUA, fornecedor do combustível e parceiro da companhia australiana no projeto.
A empresa ainda anunciou que, nos próximos dez anos, comprará oito milhões de galões (30 milhões de litros) de combustível renovável para jatos da SG Preston por ano.
“Nosso acordo com a SG Preston nos permite garantir um fornecimento para nossos aviões baseados em Los Angeles, onde temos uma grande demanda de combustível e onde a indústria de biocombustíveis está mais avançada”, comentou Gareth Evans, CEO da Qantas.
Jatão com biocombustível
A Qantas voa atualmente para Los Angeles a partir Brisbane, Melbourne e Sydney, na Austrália. Os longos voos, que podem ter até 15 horas de duração, são realizados com os jatos Boeing 747-400, nas duas primeiras rotas, e com o gigante A380 na terceira.
A companhia da Austrália, como muitas outras nestes ano, trabalha para desativar sua frota de 747 em breve, substituindo os antigos quadrimotores pelo novo bimotor Boeing 787-9. A primeira entrega do 787 da Qantas é programada para este ano.
A Qantas, porém, não informou em qual aeronave ou a rota que o combustível especial será utilizado.
Não é de comer
Detalhada em sua explicação, a Qantas afirma que o biocombustível preparado para os seus jatos é “quimicamente equivalente” ao combustível fabricado a partir de petróleo e cumpre os mesmo padrões técnicos, de desempenho e de segurança.
A SG Preston ainda não revela a fonte exata da matéria-prima vegetal usada na fabricação do combustível. Em vez disso, afirma apenas que é biocombustível é produzido a partir de óleos extraídos de plantas que não competem com a produção de alimentos.
O combustível para jatos renováveis é quimicamente equivalente a, e cumpre os mesmos padrões técnicos, de desempenho e de segurança que o combustível de jato convencional. O biocombustível da SG Preston é produzido a partir de óleos de plantas renováveis, que não competem com a produção de alimentos e que atendem aos rigorosos requisitos de certificação de sustentabilidade da Qantas.
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