Por um caminho tortuoso, a Qantas passará a ser cliente da Embraer. A maior companhia aérea da Austrália assinou um acordo de ‘wet lease’ com a Alliance Airlines para operar até 14 jatos E190 em suas rotas domésticas a partir de junho.
Nesse tipo de leasing, as aeronaves serão operadas pela Alliance, mas as tripulações da Qantas também realizarão alguns voos enquanto a malha internacional da companhia aérea está suspensa.
Inicialmente, a Qantas deve utilizar três jatos E190 em rotas como Adelaide–Alice Springs, Darwin–Alice Springs and Darwin–Adelaide. O acordo tem duração de três anos e os aviões ficarão sob responsabilidade da QantasLink, subsidiária regional do grupo.
“O E190 é um jato regional de médio porte perfeito para rotas como essas no norte da Austrália. Tem um alcance maior do que os nossos 717 e tem metade do tamanho dos nossos 737, o que significa que a economia funciona bem em voos mais longos entre cidades fora das cinco principais regiões metropolitanas”, afirmou o CEO da QantasLink, John Gissing.
Os jatos E190 da Alliance Airlines foram adquiridos no ano passado em duas negociações. Eles eram usados pela American Arlines e Copa Airlines anteriormente e fizeram parte de um acordo entre as empresas Azorra Aviation e Jetran.
A Alliance é a maior operadora do Fokker 100 no mundo e acabou optando pelos E-Jets por conta da oferta dessas aeronaves no mercado. Já a QantasLink possui uma frota com oito A320, 20 Boeing 717, 17 Fokker 100 e 48 turboélices Dash 8, que também são operados por meio de wet lease.
Por conta disso, os E190 da Alliance receberão a pintura da QantasLink até meados deste ano. A aeronave brasileira será configurada em duas classes, com 10 assentos na classe executiva 84 assentos na econômica.
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