Ao contrário da rival Emirates, a Qatar Airways não enxerga demanda suficiente para voltar a voar com o A380 tão cedo. Akbar al-Baker, CEO da companhia aérea, afirmou nesta segunda-feira, 19, que o avião de dois andares não deverá ser usado até pelo menos 2022.
“Não achamos que iremos operar nossos A380s pelos próximos dois anos”, disse Akbar al-Baker em uma conferência online. Em junho, o executivo havia previsto retomar os voos com a aeronave em meados de 2021, quando a empresa esperava que a demanda de passageiros voltasse aos níveis de 2019.
No entanto, esse cenário parece distante, o que obrigou a Qatar a manter seus 10 A380 aterrados por um longo período. O problema à vista é que a empresa do Oriente Médio planejava iniciar a aposentadoria da aeronave em 2024, quando as unidades mais antigas completarão 10 anos em serviço.
A380 é irrelevante na frota
Antes do surto global de coronavírus, a Qatar Airways operava uma malha com 100 destinos, mas até o momento só está voando para 25 deles. Ao contrário da Emirates, que usa apenas o A380 e o 777, a Qatar possui uma frota mais diversificada e onde a importância do jato da Airbus é pequena.
Com 234 aeronaves, a Qatar opera modelos como o A330 e o A350 além dos Boeing 777 e 787 em suas rotas de longa distância. Baker, inclusive, cutucou sua rival dos Emirados Árabes ao afirmar recentemente considerar “insensato” voar com o A380 atualmente – a Emirates colocou alguns de seus aviões em serviço.
A350 na rota para o Brasil
Para o público brasileiro, o A380 da Qatar nunca foi uma realidade. A companhia operava com o 777 nos voos para o país e ao retomar a rota para São Paulo e Buenos Aires tem escalado o A350 tanto na versão 900 como a maior, 1000.
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