A disputa entre as companhias aéreas do Oriente Médio ganhou mais um capítulo nesta semana. A Qatar Airways confirmou o lançamento do voo entre Doha (capital do país) e Auckland, na Nova Zelândia a partir de 3 de dezembro. Seria algo corriqueiro não fosse esse o voo mais longo a ser operado por uma empresa aérea – nada menos que 14.539 km de distância. O anúncio foi feito pelo CEO da empresa, Akbar Al Baker, na abertura da ITB Berlin, maior feira de turismo do mundo.
Ele supera, assim, justamente o voo da Emirates que opera entre Dubai e Auckland, cuja distância é de 14.326 km, 213 km a menos, o suficiente para ir de São Paulo a Botucatu, no interior do estado. Para “azar” da Emirates, Dubai fica um pouco mais perto da cidade neozelandesa.
A Emirates iniciou o serviço direto entre as duas cidades em 1º de março. O avião da estreia foi o gigante A380, da Airbus, mas a rota é operada pelo Boeing 777-200LR, versão de longo alcance birreator, com 266 assentos.
A glória de ter o voo mais longo do mundo, no entanto, é uma opção restrita a quem precisa ganhar cerca de 3 a 4 horas na viagem (diferença de tempo que um viajante leva ao fazer escala no meio do percurso). O problema é que viajar sem escalas por mais de 14 mil km exige paciência de monge: serão cerca de 18 horas e 30 minutos a bordo de um Boeing 777, uma das aeronaves com maior alcance em operação atualmente.
Para se ter uma ideia da dimensão deste voo, basta lembrar que se a Qatar operasse Rio de Janeiro-Auckland sem escalas, seriam “apenas” 12.200 km, ou seja, sobraria querosene nos tanques para mais 2.300 km de viagem.
Al Baker revelou a um jornal australiano que a rota, a princípio, começaria em junho, mas que decidiram postergá-la “em respeito a Emirates”, que acabou de conquistar a marca. Concorrentes sim, mas com cordialidade, quem diria.
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(Para “azar” da Emirates, Dubai fica um pouco mais perto da cidade australiana). Auckland fica na Nova Zelândia, ou seja, é uma cidade neozelandesa e não australiana.
Wanderson, você tem razão. E nós também “parcialmente”: citamos Auckland várias vezes no texto e no infográfico, sempre localizada na Nova Zelândia, mas a mente do redator teimou em querer transferi-la para a vizinha Austrália e conseguiu uma vez. Obrigado pelo alerta!
19 hs totais a bordo realmente não será para qq um não . Tive de enfrentar 2 trechos de 12 horas cada com intervalo de 6 hs de conecção e ainda de 6 em 6 meses e vc fica literalmente acabado , eu levava praticamente uma semana para me recompor fisicamente . Ir de primeira classe é uma outra conversa , mas o custo é altíssimo e inviabiliza qualquer orçamento , mas ai sim , é completamente suportável . Infelizmente a DOG CLASS , como chamamos a classe econômica , é simplesmente um inferno quanto ao conforto mínimo indispensável . A rota é interessante , mas aguentar o vôo é que vai ser realmente bastante difícil . NO quesito conforto de tripulação , da qual faço parte , ai é uma outra historia , e a área do triplo sete não fica devendo em nada em termos de conforto , alimentação e entretenimento para os tripulantes , que embora seja um voo de 19 hs de jornada ( ou mais ) poderão chegar bem aos seus destinos
Bem, não sei se é impressão minha, mas aquela foto do 777 da emirates está um tanto estranha. Alguém mais reparou na distância entre a turbina e a asa? Deve ser apenas a perspectiva, mas ficou estranho de se ver. Amo voar de 777!
Até pouco tempo houve um voo direto de 21 horas, comercial, saindo de Cingapura para Nova York e com rota passando pelo círculo ártico. Assisti um vídeo no youtube, com mais de 1 hora de duração, mostrando todo o desenrolar do voo, serviços de bordo,etc.. Se este vídeo ainda estiver na ativa recomendo assistir, muito interessante.
Apesar de adorar voar, voar 18 horas seguidas deve ser um martírio rs
Caro Ricardo Meier…os neozelandeses vão até mudar de Bandeira pra não serem mais confundidos com os australianos…então se alguém ler esse artigo em Auckland, você sera convidado a jogar uma partida de rugbi contra o time neozelandes….kkkkkkkkkkkkk
Batante elucidativo as palavras do BJORN_ATG…
Bem que as companhias aéreas poderiam dispensar melhor tratamento aos que viajam de “dog class”, porque certamente são esses cachorros que realmente sustentam estas empresas.