A Airbus confirmou nesta sexta-feira ter vendido 292 aeronaves da família A320neo para três grupos chineses, a China Eastern Airlines, China Southern Airlines e Air China, que também repassará parte dos aviões à subsidiária Shenzhen Airlines.
Os acordos foram fechados em meio aos atrasos no programa do jato chinês C919, desenvolvido pela COMAC, e que é um virtual rival do A320neo.
O maior pedido veio da China Eastern, que adquiriu 100 aeronaves da família A320neo por cerca de US$ 2,8 bilhões, sem especificar quais variantes.
A China Southern, por sua vez, encomendou 96 jatos que serão recebidos entre 2024 e 2027, com 30 aeronaves previstas para 2024, 40 em 2015, 19 em 2026 e sete em 2027. A Air China também fechou um acordo para 96 A320neos, 32 deles que serão repassados à Shenzhen.
“Esses novos pedidos demonstram a forte confiança de nossos clientes na Airbus. É também um sólido endosso de nossos clientes de companhias aéreas na China ao desempenho, qualidade, eficiência de combustível e sustentabilidade da família líder mundial de aeronaves de corredor único”, comemorou Christian Scherer, diretor comercial da fabricante. A Airbus revelou que até maio a frota de seus modelos na China chegava à 2.010 aeronaves.
Após os anúncios dos pedidos as ações da Airbus subiram 3% e as da Boeing, caíram 1,2%. A empresa dos EUA, cujo 737 MAX também é operado por essas empresas aéreas chinesas, ainda lida com a proibição de voar no país asiático por conta dos acidentes fatais ocorridos em 2018 e 2019.