O Chile terá o reforço de uma aeronave que foi peça-chave na defesa aérea do Reino Unido nas últimas décadas. A venda de dois aviões de alerta aéreo antecipado (AEW) Boeing E-3D Sentry para a Força Aérea sul-americana foi confirmada pelo Ministério da Defesa do Reino Unido nesta sexta-feira (4).
“Duas aeronaves E-3D Sentry serão transferidas para a Força Aérea chilena após um período de treinamento de tripulação no Reino Unido”, disse o governo britânico, segundo a Flight Global.
A negociação entre os dois países foi revelada em janeiro, mas não havia sido admitida até aqui por ambos. A Real Força Aérea (RAF) retirou de serviço seus últimos E-3D Sentry entre setembro e outubro de 2021.
O Reino Unido encomendou como substituto o Boeing E-7 Wedgetail, cujo primeiro avião deverá ser entregue em 2023. Até lá a RAF depende dos E-3 da OTAN para realizar missões do gênero.
O Chile, por sua vez, opera atualmente um Boeing 707 convertido para AEW, o EB-707 Condór, que recebeu um pacote de aviônicos fornecido pela IAI nos anos 80.
Embora tanto o E-3D quanto o EB-707 sejam baseados no jato de passageiros 707, as aeronaves britânicas são equipadas com turbofans CFM-56, mais econômicos.
Existe ainda a possibilidade de o Chile receber um terceiro E-3D Sentry que seria utilizado como fonte de peças de reposição, mas o Ministério da Defesa do Reino Unido não confirmou a informação.
Aviões radares não são tão comuns na América do Sul. Consideradas imprescindíveis em cenários de paz e de guerra, as aeronaves de alerta aéreo antecipado conseguem rastrear alvos voando em baixa altitude além de servirem para coordenação de missões. A Força Aérea Brasileira, por exemplo, utiliza os Embraer E-99 recebidos em 2002 e que estão passando por um programa de modernização.