O projeto Global Combat Air Program (GCAP), que visa o desenvolvimento de um caça de 6ª geração, deve ser liderado pelo Reino Unido e o Japão, de acordo com a Reuters.
Citando fontes, a agência afirmou que os dois países deverão responder por 40% da sociedade enquanto a Itália ficará com os 20% restantes.
Apesar disso, os detalhes da negociação entre os sócios ainda está em discussão, o que pode mudar a divisão do projeto. Os ministros de Defesa do três países se reunião em 16 de março em Tóquio pela primeira vez desde que o acordo foi assinado no final de 2022.
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Estão envolvidas no projeto a BAE Systems (Reino Unido), Mitsubishi Heavy Systems (Japão), Leonardo (Itália) e Rolls-Royce (Reino Unido),entre outros parceiros como a MBDA, que fornecerá armamentos do novo caça.
A Força Aérea Real deu início ao projeto de um caça de 6ª geração em 2018 no “programa Tempest”. Logo a Itália e a Suécia mostraram interesse em discutir possíveis integrações, mas a segunda acabou deixando as conversas.
Em paralelo, o Japão lançou o programa F-X, buscando desenvolver um caça avançado furtivo em uma mudança profunda em sua estratégia de defesa desde o fim da Segunda Guerra.
No ano passado, o Reino Unido, Itália e Japão buscaram unir forças para viabilizar o desenvolvimento do caça, que deve consumir bilhões de dólares e entrar em serviço em meados da próxima década.
Cooperação em aviônicos avançados
Nesta quarta-feira, durante evento no Japão, a Leonardo UK, a Leonardo and Elettronica (Itália) e a Mitsubishi Electric assinaram um acordo de cooperação para desenvolver os sistemas integrados que serão usados no programa GCAP.
O projeto é conhecido como domínio ISANKE & ICS (Integrated Sensing and Non-Kinetic Effects & Integrated Communications Systems), responsável pelos aviônicos avançados do futuro caça.
“ISANKE irá liberar o potencial do sensor tático de sexta geração. Ele faz a transição do modelo aéreo de combate tradicional de sensores aéreos individuais para, em vez disso, fornecer um sensor totalmente integrado, fusão e capacidade de autoproteção que se baseia em uma teia de aranha de sensores e nós de efeito em todo o mundo em cada plataforma”, explicou Leonardo em comunicado.
Já o ICS “permitirá que o ISANKE opere como uma rede entre formações de aeronaves tripuladas e não tripuladas, como parte do sistema de sistemas mais amplo e multidomínio de cada nação”, concluiu.