Como era esperado, os governos do Reino Unido, Itália e Japão anunciaram nesta sexta-feira, 9, o lançamento do programa internacional GCAP (Global Combat Air Programme), que visa desenvolver um novo caça de 6ª geração.
Trata-se da união dos projetos Tempest, liderado pelos britânicos, com o F-X, lançado pelo Japão. A Suécia, que chegou a participar de estudos preliminares, deixou a parceria recentemente.
Com a definição dos novos parceiros, a meta é realizar o voo de um demonstrador da aeronave em 2027 e colocar o caça avançado em operação a partir de 2035.
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Na configuração definida no programa, BAE Systems (Reino Unido), Leonardo (Itália) e Mitsubishi (Japão) serão líderes do programa GCAP, com apoio das empresas Avio Aero, Elettronica, MBDA, IHI, Mitsubishi Electric e Rolls-Royce.
O futuro caça será o substituto do Eurofighter Typhoon na Europa e do F-15 no Japão, entre outras aeronaves.
Pressão sobre Airbus e Dassault
A união do Future Combat Air System (FCAS), como também é chamado o Tempest, com o F-X japonês era aguardada como um forma de dividir o custo bilionário do desenvolvimento de uma plataforma aérea furtiva e com arquitetura modular.
Até o momento, apenas os EUA têm projetos avançados nesse sentido, como o bombardeiro B-21 Raider, recentemente revelado.
O programa GCAP colocará pressão em outro programa ambicioso, o homônimo FCAS liderado pela Airbus e Dassault e que conta com a participação da França, Alemanha e Espanha.
Apesar de ser mais abrangente ao incluir uma aeronave não tripulada e uma nuvem de combate, o caça de 6ª geração é semelhante ao projeto de britânicos, italianos e japoneses.
Seria natural que os dois programas fossem fundidos no futuro, ampliando as chances de se tornarem realidade, porém, as recentes rusgas entre Airbus e Dassault para tentar liderar os projetos mostram como é difícil acomodar tantos interesses em uma só direção.