A Real Força Aérea (RAF) espera ter um demonstrador do seu caça de 6ª geração voando em até cinco anos. O modelo de combate está em desenvolvimento no programa Tempest, que une empresas como BAE Systems, Rolls-Royce, Leonardo, MBDA e Saab.
Além da colaboração com Itália e Suécia, a RAF também confirmou que está avaliando uma cooperação maior com o Japão e rumores indicam até uma possível fusão dos projetos Tempest e F-X, liderado pela japonesa Mitsubishi.
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Seria a primeira vez que o Japão se alia com outro país além dos Estados Unidos para um grande projeto militar. A expectativa era que a norte-americana Lockheed Martin fosse a parceira natural no F-X, que tem previsão de lançamento para 2030.
Com isso, a RAF ganha protagonismo na corrida para substituir os Typhoon a partir de 2035. Do outro lado, membros da União Europeia apostam no consórcio formado por França, Alemanha e Espanha para desenvolver o New Generation Fighter (NGF), mas o projeto anda lentamente com desentendimentos entre Airbus e Dassault.
Projeto Tempest
O demonstrador do novo caça da RAF será uma aeronave supersônica tripulada que vai testar diversas tecnologias e a integração com capacidade furtiva (stealth). Os caças de sexta geração devem incluir também sistemas de controle de armas com inteligência artifical.
Em Farnborough, a Rolls-Royce Defence mostrou o protótipo de turbina Orpheus, que foi desenvolvido em 18 meses e deve impulsionar os caças Tempest. Um segundo demonstrador já está em fase de testes em Bristol.
Embora o Reino Unido tenha investido 2 bilhões de libras no projeto, todo o custo envolvido no programa certamente será muito maior e é natural que a conta seja dividida por mais parceiros.