Superada a pandemia de Covid-19 e o retorno da demanda de passageiros aos níveis pré-crise sanitária, as companhias aéreas da região Ásia-Pacífica iniciaram a busca por novas aeronaves no intuito de atualizar suas frotas com equipamentos mais eficientes e modernos.
Em entrevista ao Flight Global, Martyn Holmes, diretor comercial da Embraer Aviação Comercial, disse que este momento pode abrir novas oportunidades para os jatos da família E2 na região Ásia-Pacífico, que é o local onde o transporte aéreo comercial registra os maiores índices de crescimento.
E este movimento já começou. Nesta semana, a Embraer conquistou o primeiro cliente asiático para o E2, a Scoot, companhia aérea de baixo custo com sede em Cingapura que assinou um acordo de leasing com a Azorra para receber nove jatos E190-E2.
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“A equipe está fazendo um ótimo trabalho e vemos um grande potencial para o E2 na Ásia-Pacífico”, disse Holmes ao website durante a feira Langkawi International Maritime and Aerospace (LIMA), na Malásia. A Embraer participa do evento com a exposição do E195-E2 “Lion Tech”.
Holmes também comentou sobre o processo de certificação do E195-E2 pela autoridade de aviação da China, que no fim do ano passado homologou o E190-E2 para operações no país. “Estamos confiantes no processo e no mercado que podemos atender na China.”
Outro mercado importante na região Ásia-Pacífico apontado pelo executivo da Embraer é a Índia. Nova Dheli promove atualmente um programa de incentivo à aviação regional, o que deve aumentar a procura por empresas do país por jatos menores como os produtos da Embraer.
E o turboélice?
Colocado em espera no fim do ano passado, o projeto do turboélice de última geração continua nos planos da Embraer, de acordo com Holmes. O executivo declarou que as discussões com clientes em potencial estão em andamento, assim como os contatos com fornecedores.
Holmes disse que o lançamento do turboélice depende do produto oferecer exatamente o que as companhias aéreas precisam. “A razão pela qual tivemos que fazer uma pequena pausa é porque, no final, precisamos entregar exatamente a aeronave certa. As companhias aéreas operam com margens muito estreitas comercialmente e precisam absolutamente da aeronave certa. Preferimos levar um pouco mais de tempo para tentar acertar aquela aeronave.”