Réplica do clássico Junkers F13 decola na Suíça

Rimowa F13 é uma cópia melhorada daquele que foi o primeiro avião de metal, de 1919
Perto de completar 100 anos, o Junkers F13 voltou a voar com a fabricante alemã Rimowa (Divulgação)
Perto de completar 100 anos, o Junkers F13 voltou a voar com a fabricante alemã Rimowa (Divulgação)
Perto de completar 100 anos, o Junkers F13 voltou a voar com a fabricante alemã Rimowa (Divulgação)
Perto de completar 100 anos, o Junkers F13 voltou a voar com a fabricante alemã Rimowa (Divulgação)

O Junkers F13 foi um dos primeiros aviões comerciais da história desenvolvido e construído levando em consideração fatores sérios, como segurança, economia de combustível e durabilidade, tal como a indústria aeronáutica funciona atualmente. A clássica aeronave, de 1919, também foi o primeiro avião de metal e dominou a aviação comercial nos anos 1920. E ele está de volta!

O pequeno avião alemão voltou como Rimowa F13, uma cópia melhorada da antiga aeronave da Junkers. O novo aparelho decolou na última quinta-feira (15), em Zurique, na Suíça. Segundo a fabricante alemã Rimowa, a primeira unidade da aeronave será entregue em novembro – cada unidade custa US$ 2,2 milhões (cerca de R$ 7,1 milhões).

As diferenças do projeto original em relação ao modelo replicado são muito pequenas. O Rimowa F13 tem, por exemplo, um motor radial Pratt & Whitney mais confiável e com 450 hp, sistema de freios do trem de pouso mais eficiente e a cauda redesenhada para melhorar a estabilidade da aeronave, corrigindo o que foi um dos principais problemas do F13 original.

De acordo com o fabricante, a réplica do F13 mantém praticamente o mesmo desempenho do avião da Junkers. O modelo voa a velocidade de cruzeiro de 175 km/h a 3.600 metros de altitude, podendo alcançar até 220 km/h, e tem autonomia para viagens de 1.400 km.

A tripulação do F13 é composta por um piloto e um mecânico e o avião ainda tem espaço para mais quatro passageiros – a versão antiga podia transportar até seis. Segundo dados do fabricante, a aeronave pode decolar com peso máximo de 2.000 kg.

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Pequeno pioneiro

O Junkers F13 foi um dos aviões mais utilizados por companhias aéreas nos primórdios da aviação comercial, na década de 1920. A aeronave também foi pioneira em voos internacionais, ao ponto de, em 1925, deter mais de 40% desse mercado, no mundo todo.

O Junkers F13 foi o primeiro avião construído com ligas metálicas (Domínio Público)
O Junkers F13 foi o primeiro avião construído com ligas metálicas (Domínio Público)

A aeronave foi projetada por Hugo Junkers, fundador da fabricante que leva seu nome. Junkers foi um dos primeiros que apostou na criação de aviões específicos para transportar passageiros de forma segura e eficiente, ajudando no desenvolvimento desse setor.

O Junkers F13 foi um dos primeiros aviões da Varig, ainda na década de 1920 (Domínio Público)
O Junkers F13 foi um dos primeiros aviões da Varig, ainda na década de 1920 (Domínio Público)

O F13 foi produzido entre 1919 e 1932, mas muitos aparelhos continuaram voando até o final da década de 1940. A Junkers fabricou 322 unidades da aeronave, que voaram pelo mundo todo, inclusive no Brasil, com as cores da Varig.

Veja mais: CBA 123, o super avião da Embraer que ficou no passado

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  1. Fascinante!
    Por essas e outras que a aviação é tão apaixonante.
    Este F13 faz lembrar os belos “barnstormers” WACO que são fabricados até hoje em sua forma original mas com tecnologia e materiais atuais.

  2. Porque isso só acontece com algumas culturas? … enquanto umas resgatam suas memórias, suas tecnologias outras preocupadas em tirar vantagem … olhando a foto do Junkers da Varig, pergunto aonde está aquela cultura empresarial de “1920”, sustentada na época por Europeus? o que sobrou sao só “memórias” de coisas que os de agora nao podem mais resgatar.

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