A Airbus celebrou nesta quarta-feira (14) os 10 anos do voo inaugural do A350, ocorrido em 14 de junho de 2013.
Incorporando avanços em sua construção com o uso extensivo de materiais compostos e motores mais eficientes, o A350 foi uma resposta ao Boeing 787, lançado em 2004, e que estreava inúmeras inovações.
A fabricante europeia, no entanto, estava focada na época em vender o A380 e por isso inicialmente minimizou o Dreamliner. Em vez de um novo avião, a Airbus chegou a propor uma revisão do A330.
Apenas em 2006 o A350 se tornou a aeronave que hoje conhecemos. A revisão do projeto, chamda de Xtra-Wide-Body, deu origem a um jato com uma inédita fuselagem na Airbus.
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O A350, no entanto, chegou ao mercado como um widebody maior e com maior autonomia que o 787. Além da variante inicial A350-900, a Airbus colocou em serviço em 2018 o A350-1000, de maior capacidade.
Atualmente, a família A350 se aproxima de mil aeronaves encomendadas. Até maio, eram 755 A350-900, 173 A350-1000 e 39 A350F, totalizando 967 pedidos. Desses, 535 jatos (55%) haviam sido entregues.
Laços com o Brasil
O A350 é uma aeronave que criou laços com o Brasil muito cedo. Pouco tempo depois do lançamento do programa, a TAM anunciou a encomenda de oito unidades do jato para reforçar sua frota de longo alcance.
O primeiro A350-900 com as cores da empresa brasileira, o PR-XTA, chegou ao país em dezembro de 2015, quando a TAM já fazia parte da LATAM Airlines, fusão com a LAN Chile.
Nessa época, também a Azul e a Avianca haviam anunciado encomendas do A350, mas a situação mudou completamente nos anos seguintes.
Enquanto a Azul mudou de ideia em favor dos mais baratos e menores A330-900neo, a Avianca desistiu do projeto. Já a LATAM repassou parte da frota para terceiros enquanto resolvia o que fazer.
Durante a pandemia e em meio a uma recuperação judicial, a empresa aérea com sede no Chile decidiu encerrar as operações com o jato da Airbus.
Parecia o adeus do A350 no Brasil, mas foi a vez da Azul repensar seus planos ao incorporar dois A350-900 que estavam na China.
Esses jatos fazem a rota Viracopos-Paris (Orly), mas acredita-se que a companhia aérea irá retirá-los da frota em virtude do alto custo operacional.