Avião que todo mundo quer ver de perto, o novo bombardeiro furtivo B-21 Raider da Northrop Grumman teve mais detalhes revelados. Duas fotografias da aeronave, registradas em 28 de novembro de 2022 (portanto, seis dias antes da apresentação oficial da aeronave), foram divulgadas pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) nesta terça-feira (7).
Uma das imagens (acima), clicada de um ponto de vista elevado, fornece uma visão mais ampla das asas e da parte superior da fuselagem da aeronave, que segue o mesmo formato em “W” do Northrop B-2 Spirit, porém com um design mais afunilado. Essa mesma fotografia também mostra em maior detalhe as estreitas entradas de ar dos motores do B-21, sugerindo talvez uma nova técnica para reduzir a assinatura de radar do bombardeiro de sexta geração.
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Na segunda foto (abaixo), as revelações são cosméticas. Abaixo do nariz do avião é possível notar o novo logotipo da Northrop Grumman – que é uma espécie de combinação das logomarcas das fabricantes quando elas ainda atuavam separadas. Outro detalhe, embora pouco visível, são as insígnia da USAF estampadas nos dois lados da fuselagem.
Bombardeiro do futuro
Depois de quase 10 anos de muito mistério, a Northrop Grumman realizou o rollout do B-21 Raider em 3 de dezembro de 2022. A apresentação da aeronave aconteceu na “Planta 42” da USAF em Palmdale, no estado da Califórnia, local que foi mesmo palco da estreia do B-2 Spirit, em 1988. O voo inaugural do novo bombardeiro é programado para este ano.
O Raider é projetado para substituir os bombardeiros Rockwell B-1 Lancer e B-2 da USAF a partir da próxima década, incorporando funções hoje executadas pelas duas aeronaves. Outro bombardeiro da frota estratética dos EUA, o B-52 Stratofortress continuará operando ao lado do moderno B-21 até meados de 2050, quando estará próximo de completar 100 anos de seu primeiro voo.
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A USAF planeja comprar pelo menos 100 exemplares do B-21 durante a vida útil do programa, que deve se estender além de 2050. O preço unitário do Raider gira em torno de US$ 692 milhões, uma soma que inclui o próprio bombardeiro, treinamento de tripulantes, peças sobressalentes e equipamentos de suporte. É uma cifra exorbitante, mas que representa apenas uma fração do valor do B-2, o avião mais caro de todos os tempos, avaliado em cerca de US$ 2 bilhões por unidade.
