A corrida pelo mercado de táxi voadores teve um novo capítulo nesta quinta-feira, 26, quando a Joby Aviation anunciou ter obtido um certificado de transportadora aérea do tipo 135, concedido pela FAA, a agência de aviação civil dos EUA.
Na prática, a startup norte-americana está apta a operar voos de táxi aéreo sob demanda, mas com aeronaves convencionais. Por essa razão, a empresa afirmou que utilizará um monomotor Cirrus SR22 a fim de “refinar sistemas e procedimentos antes do lançamento do serviço eVTOL previsto para 2024”.
O certificado “Part 135” é um dos três necessários para que a Joby coloque em operação sua aeronave eVTOL. Os outros dois são o Certificado de Tipo desse modelo e o Certificado de Produção, que permite o funcionamento da linha de montagem.
Apesar do otimismo dos executivos da Joby, o caminho é longo e cheio de percalços. A FAA já admitiu que criará um novo procedimento de certificação para a Mobilidade Aérea Urbana, mas garantiu que essa mudança não atrasará o processo de análise desses projetos.
Acidente em fevereiro
A Joby é uma das fabricantes de eVTOL mais adiantadas no momento. Sua aeronave, de seis rotores, será capaz de transportar quatro passageiros a uma distância de até 240 km e atingir 321 km/h de velocidade de cruzeiro. A empresa já voa protótipos do modelo, mas em fevereiro um deles sofreu um acidente durante um voo operado remotamente.
A aeronave elétrica da startup californiana é rival direta do Eve-100, o eVTOL desenvolvido pela Eve, iniciativa da Embraer nesse novo segmento. A subsidiária da fabricante brasileira, que acaba de lançar suas ações na Bolsa de Nova York, prevê estrear o serviço comercial em 2026.