A escassez de peças de aeronaves comerciais que atormenta o mercado de aviação comercial motivou a empresa de leasing Azorra e a Delta Air Lines a desmancharem um Airbus A220-300 com apenas cinco anos de uso.
A Azorra e a Delta Material Services (DMS), subsidiária da companhia aérea dos EUA, firmaram um acordo que visa desmontar uma aeronave A220 para “ajudar a aliviar a escassez de peças que contribui para os desafios globais das aeronaves em solo (AOG na sigla em inglês)”.
O jato está atualmente sendo desmontado e seus dois motores Pratt & Whitney GTF já foram alugados para a Delta para apoiar a frota da empresa, que conta com 76 desses aviões.
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EgyptAir desistiu do A220
A aeronave, de número de série não revelado, pertenceu à EgyptAir, que tinha uma frota de 12 jatos do tipo, mas os retirou de serviço em virtude da baixa disponibilidade.
A Azorra os adquiriu em fevereiro de 2024 e repassou três jatos para a Breeze Airways e um para a Cyprus Airways.
Sete outros A220-300 estariam na cidade do Cairo, no Egito, à espera de um destino enquanto o 12º avião, ex-SU-GFA, voou para os Estados Unidos, onde recebeu a matrícula N560AZ.

A aeronave está desde dezembro no Aeroporto Internacional Blytheville Arkansas, que possui instalações de manutenção e reparo, uma possível indício que seria este A220 o escolhido para o desmonte.
“Acreditamos muito no Airbus A220 e ele continua sendo um ativo altamente valioso e importante para a Azorra. Desmembrar essa fuselagem usada e alugar seu motor é uma solução criativa que gerará uma oportunidade de longo prazo para o A220 continuar a prosperar”, disse Ron Baur, presidente da Azorra.
A empresa não revelou se o processo de desmanche da aeronave é definitivo ou se, após o suprimento de peças voltar ao normal, o A220-300 voltará a ser recuperado para voar novamente.
O A220 nasceu como C Series, desenvolvido pela Bombardier, rival da Embraer. A aeronave é vendida em duas versões e concorre com os E2 da fabricante brasileira.