A Argélia pode se transformar no primeiro cliente estrangeiro do caça stealth Sukhoi Su-57. O rumor circula na imprensa internacional de defesa desde a semana passada, porém, sem confirmação oficial de nenhuma das partes envolvidas, incluindo a UAC, fabricante do jato.
Pelo que Airway pode apurar, o contrato de compra de 14 jatos supersônicos russos foi aventado pelo site Military Watch, mas sem citar fontes. No dia seguinte, o artigo repercutiu no site Avia.pro, que anunciou que o negócio teria chegado a quase US$ 2 bilhões.
Novamente, a notícia se baseou em relatos indiretos de uma agência de notícias russa (Polit Russia) que citou, por sua vez, a Military Watch. Por fim, o site Sputnik News, declarou nesta segunda-feira (23) que a Argélia será o primeiro país africano a operar o caça, usando como fonte o Avia.pro – e mais uma vez sem confirmação oficial.
Cliente VIP
Localizada no norte da África, em grande parte do deserto do Saara, a Argélia é uma ex-colônia francesa que obteve sua independência em 1962. A força aérea do país é uma grande cliente de aeronaves russas, sobretudo de aviões de combate. Segundo a Flight Global, a Argélia possuía 58 jatos Su-30, 23 aviões de ataque Su-24, 32 caças MiG-29 e 13 interceptadores MiG-25 em 2019.
A potencial compra do Su-57, primeiro caça russo de 5ª geração, serviria justamente para substituir os velhos “Foxbat”, caros de se manter. Ao mesmo tempo, o negócio ajudará no desenvolvimento da aeronave furtiva, que sofre com poucos recursos financeiros, a despeito das negativas do governo russo.
A venda de um caça de última geração é considerada pouco provável por envolver tecnologia sensível. Os EUA, por exemplo, têm recusado as tentativas de Israel de encomendar o caça F-22 Raptor, apesar da boa relação entre os dois países.
A mesma situação vive o caça chinês J-20, considerado um segredo nacional. Por essa razão, o anúncio do governo Putin de oferecer o ‘Felon’ no mercado exterior soa como uma forma de 0 garantir o futuro do jato.
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