Em maio deste ano o caça MiG-31 ‘Foxhound’ completou 40 anos em serviço. A aeronave fez sua estreia nas Forças de Defesa Aérea Soviética, conhecida pela sigla PVO, com a missão de substituir o MiG-25.
O imenso caça de 46 toneladas é até hoje uma raridade: não há no momento nenhuma aeronave tão imensa na tarefa de defesa aérea no mundo.
Por conta da sua característica única, de ser o mais veloz caça em serviço, capaz de atingir Mach 2.83, o MiG-31 é um avião sem substitutos na Rússia, ao menos por enquanto. O projeto PAK DP, também referido informalmente como MiG-41, ainda está no início de desenvolvimento e se de fato sair do papel só deverá entrar em operação no final da década.
Por conta dessa situação, o Ministério da Defesa da Rússia tem investido em projetos de atualização dos aviões remanescentes, cerca de 130 caças de um total de 520 unidades que foram produzidas até 1994.
Na semana passada, o governo russo anunciou dois novos contratos com a RSK MiG, envolvendo a modernização do MiG-31K, uma variante preparada para transportar o míssil hipersônico Kinzhal, e os MiG-31 convencionais, que serão atualizados para o padrão MiG-31BM.
O MiG-31BM tem como diferenças um novo radar multimodo, cockpit com displays multifuncionais e a capacidade de lançar os mísseis ar-ar de longo alcance Vympel R-37, entre outras melhorias.
Como ocorre com frequência, o Ministério da Defesa não detalhou a quantidade de aeronaves envolvidas na modernização. O MiG-31K contaria com dez caças operacionais enquanto a frota de MiG-31 é cotada entre 80 e 120 aeronaves, um número bastante significativo para um projeto surgido ainda durante a Guerra Fria.