Proibidas de importarem peças de reposição para aeronaves comerciais fabricadas no Ocidente, as companhias aéreas da Rússia poderão em breve reestabelecer seus estoques com itens produzidos localmente. Ou se preferir, componentes falsificados com a chancela de Moscou.
As sanções impostas pelos Estados Unidos, países da União Europeia e outros estados em resposta à invasão da Ucrânia estipulam, entre outras coisas, que peças sobressalentes para aeronaves comerciais não podem ser entregues à companhias aéreas russas.
Segundo relatos da mídia local, a autoridade de aviação civil do país, a Rosaviatsiya, autorizou recentemente cinco empresas russas a produzirem peças de reposição para aeronaves ocidentais, principalmente modelos da Airbus e Boeing – em menor número, possivelmente, para modelos ATR, Bombardier e Embraer que voam no país.
Com a aprovação da agência reguladora, fornecedores russos agora podem copiar e produzir por conta própria peças de reposição para aviões ocidentais em serviço com companhias aéreas do país. A certificação desses componentes será concedida pela Rosaviatsiya.
A instalação dessas peças, entretanto, não é reconhecida internacionalmente e pode acarretar numa enorme desvalorização da aeronave, fora o risco operacional. Além disso, dificilmente esses componentes receberão certificações posteriores de agências reguladoras de outros países.
Modus operandi da aviação no Irã
O método de copiar e fabricar peças sobressalentes para aviões de linha aérea é usado há muitos anos no Irã, um dos países que sofrem alguns dos embargos comerciais mais restritivos do mundo. Esta é também uma das muitas razões pelas quais a aviação iraniana tem um alto índice de acidentes e o fato das aeronaves comerciais operadas por empresas do país não serem aceitas no mercado de usados.
A cópia de peças é autorizada pela FAA desde que uma série de requisitos sejam atendidos. São as conhecidas peças PMA. No entanto, isso é algo totalmente diferente, e essa engenharia reversa não será, em hipótese alguma, aprovada pelo FAA ou EASA. Isso não desvalorizará a aeronave confirme citado, isso impossibilitará totalmente a venda futura dessas aeronaves em ambientes FAA, EASA, ANAC, etc. Outro aspecto a se considerar, é que a engenharia reversa é uma prática muito comum no meio militar, porém para peças ‘simples’. Não há como, num curto espaço de tempo, entender, analisar, desenvolver, copiar, produzir, testar e certificar (na Rússia mesmo, com sua autoridade local), uma peça complexa. Ou seja…pode resolver alguns problemas, mas certamente não resolverá todos os problemas. E não estou nem falando dos aspectos legais, pois todas as peças são protegidas por patentes…
Como falar em “questões legais” em relação a um país que invadiu o território de outro país?
A Rússia tem grande expertise em fabricar desde a aviões, foguetes e estações espaciais, logo poderá fazer motores Rolls Royce mais seguros e baratos.
Devolvam as reservas Russas que tudo se resolve.
Sou contra a invasão da Ucrânia.
Mas quanto a essas pecas, se o ocidente proibiu, é a forma eles têm de manter as aeronaves voando.
Não há que se falar em patentes se estão em guerra.
“Patentes” em tempos de guerra? Não acredito mesmo. Não obedecemm nem mesmo em tempos de “paz” !!!!