Desenvolvido desde 2009 pela Tupolev, o futuro bombardeiro estratégico russo, conhecido pela sigla PAK-DA (algo como aeronave avançada de longo alcance) deve começar a ser construído em breve. Segundo uma publicação russa, a aeronave, que substituirá os veteranos bombardeiros TU-95, TU-26 e TU-160, teve uma espécie de ‘sinal verde’ dada pelo governo, que listou uma série de requisitos para o projeto nos últimos meses.
Os detalhes do novo avião não são muito claros, mas é praticamente certo que a Rússia desistiu de um jato supersônico em favor de um layout subsônico e stealth. As ilustrações mais conhecidas do PAK-DA mostram uma asa voadora, porém, com enflechamento variável. Ele deverá voar por pelo menos 12 mil km com cerca de 30 toneladas de armamentos, entre bombas inteligentes e mísseis – fala-se até de uma arma hipersônica.
Com o primeiro voo previsto para 2021, o PAK-DA será sensivelmente mais simples e barato que o futuro bombardeiro B-21, em desenvolvimento pela Northrop Grumman. Se essa meta for realmente atingida, nada menos que 40 anos vão separar o novo avião do último bombardeiro russo, o TU-160 ‘Blackjack’, que voou pela primeira vez em dezembro de 1981, em meio à Guerra Fria.
Gigante da Guerra Fria
Maior e mais veloz bombardeiro a entrar em serviço na história, o TU-160, no entanto, teve produção restrita: apenas 27 unidades de série. Outro problema do avião da Tupolev foi ter se tornado operacional poucos anos antes do fim da União Soviética, em 1987. Na época, o país já estava sob os efeitos das diretrizes Perestroika e da Glasnost, de Mikhail Gorbachev e com vários cortes no orçamento.
Já o PAK-DA deve encontrar um cenário bem mais incerto na próxima década. Com a aproximação entre os presidentes Donald Trump e Vladimiu Putin, os estrategistas de ambos os países devem ter bastante trabalho pela frente.
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