A versão de exportação do novo caça russo Su-57 será exibida pela primeira vez no próximo domingo, 23 de agosto, na abertura do fórum militar internacional Army-2020, em Moscou, informou a Rostec, controlador do grupo UAC, que detém os direitos da fabricante Sukhoi. O avião também fará uma demonstração de voo durante o evento, que segue até o próximo sábado, 29.
Primeiro caça de quinta geração desenvolvido na Rússia, o Su-57 é uma aeronave multimissão “projetada para destruir todos os tipos de alvos aéreos, terrestres e navais”, como cita a Rostec. O novo jato de combate possui tecnologia furtiva, o que o torna “invisível” aos radares e vem equipado com um poderoso computador de bordo, que a fabricante chama de “segundo piloto eletrônico”. A aeronave ainda é capaz de voar em velocidade de cruzeiro supersônica sem acionar os pós-combustores do motores e leva seus armamentos “escondidos” em compartimentos na fuselagem, incluindo mísseis hipersônicos.
Fruto do projeto PAK-FA, o Su-57 fez seu voo inaugural em 29 de janeiro de 2010 e no ano passado as primeiras unidades foram incorporadas na força aérea russa e até já entraram em combate na Síria, embora o caça ainda não esteja totalmente operacional. A produção em série de aeronave será inciada até o final deste ano, informou recentemente o governo russo.
Alguma das nações que já manifestaram interesse no Su-57 são a Turquia, Argélia e Egito, mas nenhum delas ainda avançou para a parte de negociações com a Rússia e o fabricante.
Os visitantes do fórum militar em Moscou também poderão conferir apresentações aéreas do novo caça MiG-35 (uma evolução do MiG-29) e as versões mais recentes dos helicópteros de ataque Kamov Ka-52 e Ka-27M.
Su-57 foi oferecido ao Brasil
Em 2013, o governo da Rússia ofereceu ao Brasil a chance de participar do projeto PAK-FA. O acordo sugerido pelos russos também previa a produção da aeronave no país em parceria com empresas brasileiras, entre elas a Embraer.
Nessa época, o russos acreditavam que o Brasil poderia cancelar o programa FX-2 e lançar uma nova concorrência na qual o Su-57 poderia ser incluído. Isso, porém, não foi concretizado.
Com a Sukhoi excluída, a etapa final do programa FX-2 foi disputada entre os caças Dassault Rafale, Boeing F/A-18 e o Saab Gripen E, que foi o modelo escolhido pela Força Aérea Brasileira.
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