O primeiro caça Sukhoi Su-57 “Felon” produzido em série foi entregue ao Ministério da Defesa da Rússia, informou o grupo estatal United Aircraft Corporation (UAC) nesta sexta-feira (29), peloTwitter. O modelo é parte de uma encomenda de 76 aeronaves do tipo para a força aérea russa, confirmada pelo presidente Vladimir Putin em 2019.
A produção em série do Su-57 começou em julho de 2019, na planta da KnAAPO (outra marca do grupo UAC) em Komsomolsk-on-Amur, no extremo leste da Rússia. A força aérea russa, entretanto, já havia recebido nos últimos dois anos pelo menos 10 modelos de teste, construídos de forma praticamente artesanal.
A ativação operacional da aeronave na Rússia foi oficializada em dezembro de 2020, embora o avião já tivesse até participado de avaliações de combate nos céus da Síria, em 2019.
Primeiro caça de quinta geração projetado na Rússia, o Su-57 é uma aeronave de combate multimissão desenvolvida para atacar todos os tipos de alvos aéreos, terrestres e navais a curtas e longas distâncias, superando suas capacidades de defesa aérea.
Como manda a receita dos novos caças de quinta geração, o Su-57 é uma aeronave stealth (“invisível” aos radares) e pode voar a velocidade supersônica de 1.975 km/h (Mach 1.6) sem precisar acionar os pós-combustores dos motores, o que reduz o consumo de combustível – com os pós-combustores acionados o Su-57 alcança até 2.440 km/h (Mach 2.2).
O Su-57 é o quarto caça de quinta geração projetado no mundo. Antes dele, os EUA projetaram a dupla F-22 Raptor e F-35 Lightning II, e os chineses lançaram o Chengdu J-20.
Su-57 foi oferecido ao Brasil
Em 2013, o governo da Rússia ofereceu ao Brasil a chance de participar do desenvolvimento do Su-57 (ainda com o nome de projeto “T-50 PAK-FA”), que seria condicionado a compra de caças Su-30 para a Força Aérea Brasileira (FAB). O acordo sugerido pelos russos previa transferência parcial de tecnologia e a produção da aeronave no Brasil.
Na época, o russos acreditavam que o Brasil poderia cancelar o programa FX-2 e lançar uma nova concorrência na qual o Su-30 poderia ser incluído. Isso, porém, não foi concretizado, barrando a entrada de empresas brasileiras no projeto do caça de quinta geração.
Com a Sukhoi excluída do processo, a etapa final do programa FX-2 foi disputada entre os caças Dassault Rafale, Boeing F/A-18 e o Saab Gripen E, que foi o modelo escolhido pela FAB.
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