A Saab apresentou nesta terça-feira (10), em sua sede em Linköping, na Suécia, o primeiro caça Gripen E que será destinado à Força Aérea Brasileira (FAB). A cerimônia contou com autoridades do Brasil e representantes da fabricante escandinava, que pretende iniciar a entrega das primeiras aeronaves a partir de 2021.
Os ensaios com o jato de combate apresentado hoje já estão em andamento da Suécia e, até o final de 2020, a aeronave irá para o Brasil para dar continuidade à campanha de testes no País, informou a companhia sueca. O caça será designado pela FAB como “F-39 Gripen”.
“Tenho orgulho por, junto com a indústria brasileira, fazer parte da construção de uma parceria estratégica de longo prazo com o Brasil e a Força Aérea Brasileira. Com o Gripen, o Brasil terá um dos caças mais avançados do mundo e o programa de transferência de tecnologia permitirá ao País desenvolver, produzir e manter caças supersônicos”, diz Håkan Buskhe, presidente e CEO da Saab.
A parceira da Saab com o Brasil começou em 2014 após a assinatura do contrato no valor de 39,3 bilhões de coroas suecas (R$ 16,3 bilhões) para o desenvolvimento e produção de 36 caças Gripen nas versões E (monoposto) e F (biposto) para a FAB. A negociação também contempla o programa de transferência de tecnologia para construir os caças no Brasil.
“O Gripen aumenta a capacidade operacional da Força Aérea Brasileira e impulsiona uma parceria que garante transferência de tecnologia para o Brasil, fomenta a pesquisa e o desenvolvimento industrial dos dois países”, diz Fernando Azevedo e Silva, Ministro da Defesa do Brasil.
A partir de 2021, a montagem completa de 15 aeronaves começará no Brasil. De acordo com a Saab, o desenvolvimento do Gripen F está progredindo no Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (GDDN, do inglês Gripen Design and Development Network), na unidade da Embraer em Gavião Peixoto (SP). As entregas do modelo de dois lugares devem começar em 2023.
“A FAB terá um novo vetor multimissão para o cumprimento de suas ações de controlar, defender e integrar o território nacional, a partir de um projeto que, desde a sua concepção, já traz benefícios para a sociedade brasileira. Sinto-me muito feliz em fazer parte deste momento histórico para a aviação de caça do Brasil”, diz Tenente-Brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, Comandante da FAB.
Caça multimissão
O novo Gripen é uma aeronave de combate que pode atuar em diferentes funções. Além de caça de interceptação, também pode ser utilizado como bombardeiro e avião de reconhecimento armado.
De acordo com o fabricante sueco, o Gripen E pode voar a Mach 1 (velocidade do som – 1.234 km/h) sem a necessidade de usar pós-combustor e, com força total, pode alcançar a velocidade máxima de Mach 2 (2.469 km/h).
Comparado com as versões anteriores do Gripen, o modelo da nova geração teve sua autonomia ampliada em 50%, mesmo sem a necessidade de reabastecimento aéreo. Em configuração de combate (armado com quatro mísseis e levando dois tanques de combustível externos), o Gripen E tem alcance de 1.800 km.
O sistemas que equipam o novo Gripen vão permitir o uso de armamentos avançados, alguns ainda inéditos no Brasil, como mísseis ar-ar e ar-terra de médio e longo alcance orientados por radar, bombas “inteligentes” guiadas a laser, além de uma série de outros recursos, como sensores infra-vermelho de busca e equipamentos de guerra eletrônica, como perturbadores de radares e rádios.
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Excelente, reportagem!
Vamos derrubar todos os SU-30 russos na venezuela , eles não são páreos para nossos gripen. Vamos, avante, Bolsonaro!