Por ora uma versão exclusiva do novo Gripen para a Força Aérea Brasileira (FAB), o Gripen F, variante do caça para dois pilotos, começou a tomar forma da fábrica da Saab em Linköping, na Suécia, como mostram as imagens obtidas pelo AIRWAY.
A produção do Gripen F está em curso desde março de 2020, quando a fabricante sueca iniciou a produção dos primeiros componentes da aeronave. De acordo com a Saab, o modelo biposto compartilha o mesmo design e recursos avançados do Gripen E monoposto, mas com assento, telas e controles de voo adicionais para um segundo tripulante.
O Gripen F é destinado principalmente ao treinamento de pilotos, embora também possa ser configurado para diferentes operações militares, bem como transportar os mesmos sistemas de armamentos e sensores compatíveis com o Gripen E.
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A FAB tem encomendado oito unidades do caça na versão biposto, além dos 28 modelos para um piloto – dos quais quatro exemplares já foram entregues ao Brasil. Apesar da participação brasileira incisiva no programa Gripen E/F, incluindo a produção nacional da aeronave e o fato da Aeronáutica ser até agora o único cliente da variante F, todos os modelos desse tipo serão produzidos na Suécia – e outros 15 Gripen E serão produzidos na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (SP).
O cronograma de desenvolvimento e entrega do Gripen F da FAB, contudo, já acumula certo atraso. O voo inaugural da variante, a ser realizado na Suécia, era programado para outubro de 2021 e as entregas das primeiras unidades ao comando brasileiro estavam previstas para este ano. Com o advento da pandemia de Covid-19, esses prazos não foram alcançados.
Apesar do avanço na produção do primeiro Gripen F, nem a Saab, tampouco a FAB divulgaram novas previsões sobre o primeiro voo da aeronave ou uma data reformulada para as entregas. A fabricante sueca, porém, já informou repetidas vezes que pretende concluir a entrega do primeiro lote de caças Gripen ao Brasil até 2027.
O maior valor na compra do Grippen adaptado às condições brasileiras é atransferência de tecnologia ao Brasil, mesmo com algumas limitações. O modelo biposto acelera a formação e o treinamento de pilotos , a autonomia aumentada o torna ideal para a vastidão continental do Brasil.