Saab e GKN vão estudar caça substituto para o Gripen na Suécia

Empresas receberam pedido do governo sueco para apresentar uma proposta de caça de 6ª geração até 2025. País não está participando dos programas europeus de um novo caça furtivo
Ilustração de um caça avançado com as marcas da Suécia
Ilustração de um caça avançado com as marcas da Suécia (redes sociais)

A Saab e a GKN Aerospace foram convocadas pelo governo da Suécia para desenvolver um estudo para um novo caça de 6ª geração.

A aeronave furtiva (invisível aos radaores) que poderá ter versões tripuladas e não tripuladas, fará uso de tecnologias disruptivas envolvendo o desenvolvimento, propulsão e sistemas.

O contrato foi fechado junto à Administração Sueca de Material de Defesa (FMV) e tem prazo até 2025, quando as duas empresas apresentarão uma solução para substituir os caças Gripen atualmente em serviço.

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“O objetivo é fornecer uma base para uma decisão futura sobre a escolha do caminho para satisfazer o fornecimento de material de capacidades de aviação de combate após 2040”, disse a FMV.

Caças Gripen E da Suécia
Caças Gripen E da Suécia (Saab)

Namoro com Reino Unido encerrado

Desde o fim da Segunda Guerra a Suécia tem investido no desenvolvimento de caças próprios, todos fabricados pela Saab como o Draken, o Viggen e o Gripen. A independência a esse respeito incluía imaginar um cenário em que suas aeronaves operariam de bases improvisadas num eventual conflito com a União Soviética e seus antigos países satélite.

O alto custo de um projeto de caça de 6ª geração, no entanto, levou o governo sueco a se aproximar do Reino Unido no programa Global Combat Air Programme (GCAP), que hoje também inclui Itália e Japão.

Projeto de um caça de 6ª geração na Europa segue dividido
Projeto de um caça de 6ª geração na Europa segue dividido

Mas em 2023 a Suécia abandonou o grupo por razões não totalmente esclarecidas. Desde então, há relatos que o país pode integrar a outra iniciativa europeia para um sistema de defesa aérea, o FCAS (Future Combat Air System), que reúne França, Alemanha e Espanha.

Há consenso entre especialistas que um caça de 6ª geração europeu só poderá ser viável com a união de vários países. Porém, o que está um jogo é o protagonismo em um programa como esse, que exigirá investimentos bilionários.

Com tantos querendo mandar, a chance de que um projeto assim evolua torna-se bastante complexa. Um exemplo disso pode ser visto na disputa entre Dassault e Airbus pela liderança no FCAS e que quase fez o projeto sucumbir.

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