A aquisição de novos caças pela Força Aérea da Colômbia (FAC) tem sido um processo longo e tortuoso.
O país depende de aeronaves israelenses IAI Kfir para sua defesa aérea, mas os jatos estão no final da vida útil e mantidos apenas por falta de opções.
Três fabricantes disputam um pedido de cerca de uma dúzia de caças, a Dassault com o Rafale, a Lockheed Martin com o F-16 Bloco 70, e a Saab com o Gripen E/F.
A empresa sueca, no entanto, foi alvo de uma reportagem do Info Defensa que alegou que o Gripen teria sido impedido de participar da concorrência pelo governo dos Estados Unidos.
Siga o AIRWAY nas redes: WhatsApp | Telegram | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
Segundo o site, a administração Trump vetou o fornecimento do motor General Electric F414G que equipa o caça sueco.
A Saab não divulgou um comunicado a respeito, mas Richard Smith, Vice-Chefe de Marketing e Vendas do Gripen, respondeu a um post na rede social X chamando a informações de falsa.
“Todas as licenças e permissões relevantes estão em vigor. O Gripen E, o pacote logístico e industrial são perfeitos para a Colômbia”, afirmou o executivo.
(facmilitar)
Idas e vindas
A escolha de um novo caça pela Colômbia passa por situações embaraçosas como a anunciada escolha do Rafale em dezembro de 2022 pelo então recentemente empossado presidente Gustavo Petro.
No entanto, a proposta era de adquirir apenas quatro aeronaves com os recursos orçamentários disponíveis na época (US$ 678 milhões). A Dassault não aceitou as condições e processo voltou à estaca zero.
Em abril de 2023, a licitação voltou a ser lançada com o Rafale, o Gripen e o F-16 no páreo.
A Lockheed Martin teria feito uma proposta para fornecer 24 caças Bloco 70 por US$ 4,2 bilhões, mas em novembro de 2024 uma rádio sueca afirmou que o Gripen havia sido selecionado pela Força Aérea Colombiana.
Seriam fornecidos dez jatos pela Saab por um valor de US$ 2 bilhões, mas até o momento não há um anúncio oficial sobre a concorrência.
Se a Saab for vencedora é bastante provável que a Embraer participe da fabricação dos caças colombianos, seguindo a parceria estabelecida entre as duas empresas.
