O falso porta-aviões construído no Irã para servir como alvo em treinamentos militares pode ter chegado aos seus últimos dias. A barcaça com formato semelhante aos dos navios da classe Nimitz da Marinha dos EUA foi concebida para ser reutilizada após ataques simulados pelas forças armadas iranianas e não deveria afundar. Mas agora ele realmente afundou. E no lugar errado.
Uma imagem de satélite compartilhada pela Aurora Intel flagrou a embarcação naufragada em águas rasas do Golfo Pérsico. Segundo relato da Forbes, o porta-aviões “fake” começou a afundar quando era rebocado de volta para o porto de Bandar Abbas depois de ter sido atacado durante o treinamento militar “Profeta Maomé 14” realizado em 28 de julho.
A localização do naufrágio provavelmente criará uma grande dor de cabeça para os iranianos. A barcaça adernou próximo ao principal canal de acesso do porto de Bandar Abbas, que tem aproximadamente 14 metros de profundidade. É tão raso que outros navios agora enfrentam um risco real de danos catastróficos se navegarem sobre ele.
New imagery from yesterday shows the capsized #IRGC replica of the Nimitz Class Carrier appears to have listed more outside of Bandar Abbas Port, #Iran. She appears more listed here than previous imagery from the 31st July. The depth here is a reported 14m. Fun to reclaim…. pic.twitter.com/tKTHJAaGCS
— Aurora Intel (@AuroraIntel) August 2, 2020
Os primeiros indícios sobre o porta-aviões de mentira do Irã foram descobertos pelos órgãos de inteligência dos EUA em 2014. Desde então, a barcaça foi “destruída” e reformada duas vezes para ser reutilizada em treinamentos militares. A última restauração do alvo flutuante foi realizada entre janeiro e março deste ano.
Essa tática não exclusiva do Irã. A China também construiu um porta-aviões falso para testar e melhorar seus métodos de ataque contra esse tipo de embarcação.
A ideia de simular ataques contra porta-aviões pode soar de forma cômica, afinal esse tipo de navio possui um série de sistemas de defesa e sempre navegam acompanhados de outras embarcações. No entanto, vale lembrar que os navios-aeródromos dos EUA abrigam milhares de tripulantes e a perda de um aparelho seria uma enorme tragédia.
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