Aconteceu em São Paulo na última quarta-feira (19) o primeiro delivery de comida por drone realizado na América Latina. A ação foi organizada pelas startups Relp! Aceleradora de Restaurantes e SpeedBird Aero com autorização ANAC e da Força Aérea Brasileira. O produto transportado foi uma picanha vegetal do açougue vegano No Bones.
Segundo os idealizadores do projeto, o drone transportou o produto do açougue localizado no Parque Ecológico de Barueri até o condomínio residencial em Alphaville, em Santana do Parnaíba. O drone percorreu um trajeto com pouco mais de 1 km em cerca de oito minutos até chegar ao seu destino.
Dennis Nakamura, sócio da Relp! Aceleradora de Restaurantes, disse que os drones são capazes de manter uma maior qualidade dos alimentos, mantendo-os intactos e com controle de temperatura, além de aumentar a velocidade na entrega. “Mediante esses benefícios, é possível concluir que as entregas do futuro tem tudo para conquistar o coração do público, garantindo-lhes menos tempo de espera, maior qualidade e zelo pelo alimento.”
O drone utilizado na entrega foi desenvolvido e operado por controle remoto pela SpeedBird Aero. De acordo com a empresa, o aparelho pode transportar até 2 kg de carga e tem autonomia de 5 km.
Drone-delivery
De acordo com os organizadores do projeto em São Paulo, o propósito dos testes iniciais é adquirir eficiência logística, uma vez que os drones devem ser capazes de superar o tempo médio de entregas realizadas por motocicletas.
Atualmente ainda existem muitas barreiras para tornar viável comercialmente o delivery por drone. A SpeedBird Aero explica que a principal dificuldade nesse ramo são as incertezas sobre os equipamentos, que estão expostos a riscos de pane de software e hardware, colisão com pássaros e perda de sinal.
No último ano, uma série de projetos sobre drones de entregas vem sendo testados pelo mundo. O principal exemplo dessa nova modalidade no mercado parte da Uber Eats, que já está testando o serviço de delivery de comida pelo ar em San Diego, nos Estados Unidos. A tecnologia também é avaliada em serviços portuários na Ásia e entrega de medicamentos em regiões isoladas na África.
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