A SAS, companhia aérea criada em 1946 para atender os passageiros da Suécia, Noruega e Dinamarca, passa por uma séria crise financeira por conta da pandemia. A empresa demitiu cerca de 40% do seu efetivo de empregados nos últimos 18 meses e agora se prepara para implementar uma grande reestruturação.
As informações que circulam na imprensa dos três países dão conta que a SAS criará novas subsidiárias, a SAS Connect e a SAS Link, que assumirão parte da malha aérea atual. Ex-empregados e funcionários ativos deverão ser recontratados por essas duas empresas em condições menos favoráveis, segundo jornais locais.
A reformulação do negócio também prevê a substituição de alguns aviões atuais, sobretudo o Boeing 737-700, cuja frota de 13 unidades, é a mais velha da companhia.
Para seu lugar, a Scandinavian Airlines confirmou que usará o E195, da Embraer, segundo declarações do porta-voz da empresa ao Ch-Aviation. No entanto, tratam-se de jatos da primeira geração e não o E2, como chegou a circular na internet.
O próprio Ch-Aviation reformulou sua manchete original retirando a quantidade de aviões acertados por uma carta de intenção. Em vez de 15 aeronaves estima-se agora que a SAS contará com cerca de seis jatos. A companhia também não foi clara a respeito do acordo para contar os jatos, mas deu indícios de se tratar de um leasing já que o E195-E1 será operado de forma temporária.
Tempos atrás a SAS havia anunciado estudar a aquisição de jatos 195-E2 e A220, da Airbus, mas uma possível decisão deverá ficar para depois que a demanda de passageiros voltar a padrões mais próximos dos normais.
Rivais da Embraer
A escolha do E195-E1, maior variante da primeira geração, com capacidade para até 136 assentos, foi relatada pela SAS por meio de um anúncio de vaga para engenheiros recentemente.
A introdução dos E195 marcará a estreia de uma aeronave brasileira na companhia aérea, que voou por muitos anos para nosso país. Apesar do bom relacionamento, a SAS sempre optou pelos rivais diretos da Embraer no passado.
Nos anos 80, a sueca Saab foi uma dura concorrente da Embraer com os turboélices 340 e 2000 e que disputaram pedidos com o EMB-120 Brasilia – eles voaram pela SAS no passado.
Atualmente, a SAS voa com o CRJ-900, jato que pertenceu à Bombardier, outra rival importante da Embraer. Os 16 aviões da companhia aérea são configurados com 88 assentos em classe única, um perfil de operação em que os E-Jets têm levado vantagem por conta do maior espaço interno e carga paga.