A Scandinavian Airlines System (SAS), principal empresa aérea da Suécia e Dinamarca, entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA, o chamado “Capítulo 11”, que tem condições mais favoráveis para que a empresa se recupere financeiramente.
O anúncio foi feito nesta terça-feira, 5, dia seguinte a uma greve iniciada pelos pilotos da SAS e que tem afetado a maior parte dos voos da companhia aérea em plena temporada de verão na Europa.
De acordo com Anko van der Werff, presidente-executivo da SAS, a greve não motivou o pedido de concordata, porém, acelerou o processo.
“A SAS pretende chegar a acordos com as principais partes interessadas, reestruturar as obrigações de dívida da empresa, reconfigurar sua frota de aeronaves e emergir com uma injeção de capital significativa”, afirmou.
A companhia aérea, que é controlada pelos governos sueco e dinamarquês e já manifestaram intenção de não cobrir os rombos financeiros, está em implantando o projeto “SAS Forward”, que visa reduzir custos e otimizar sua operação, que há anos acumula prejuízos.
Com uma frota de 111 aeronaves, muitas delas novas, a SAS é considerada uma empresa com baixa produtividade. A meta da companhia aérea é atrair investidores dispostos a inejtar quase US$ 1bilhão necessários para equilibrar suas contas.
Entre os projetos da companhia aérea está a criação de subsidiárias SAS Link e SAS Connect, que deverá operar com jatos E195, da Embraer, o que revoltou os pilotos, que veem na estratégia uma forma de contratar novos tripulantes por salários mais baixos.
A Scandinavian Airlines System foi criada em 1946 por meio de um consórcio formado pelas companhias aéreas Svensk Interkontinental Lufttrafik (Suécia) , Det Norske Luftfartselskap (Noruega) e Det Danske Luftfartselskab (Dinamarca). A partir de 1951, as três empresas foram fundidas em uma só, a SAS.