Sem o 737 MAX, Norwegian é obrigada a suspender voos entre Irlanda e EUA

Companhia aérea de baixo custo cortará parte de suas rotas transatlânticas a partir de 15 de setembro por falta de perspectivas do retorno do jato
A Norwegian possui 18 737 MAX parados: sem ele, voos transatlânticos não são viáveis (Norwegian)
A Norwegian possui 18 737 MAX parados: sem ele, voos transatlânticos não são viáveis (Norwegian)

A Norwegian Air anunciou nesta terça-feira (13) que abandonará suas rotas transatlânticas entre a Irlanda e os EUA a partir do dia 15 setembro. A decisão foi tomada como consequência do retorno incerto ao serviço do 737 MAX, jato que era usado pela companhia até março quando as autoridades europeias de aviação decretaram seu aterramento.

Para manter as rotas como Dublin, Cork, Shannon para Hamilton, Newburgh e Providence, a companhia de baixo custo decidiu utilizar várias estratégias entre elas colocar o widebody 787 e o 737-800 nesses voos. A situação, no entanto, se tornou insustentável já que a Norwegian operava com uma frota de 18 aviões da série MAX e os custos para substituí-los se mostraram proibitivos.

“À medida que a companhia aérea busca lucratividade, analisamos as nossas operações transatlânticas entre a Irlanda e a América do Norte e, considerando o aterramento do Boeing 737 MAX, concluímos que essas rotas não são mais comercialmente viáveis,” afirmou Matthew Wood, vice-presidente para o mercado de longo alcance da Norwegian.

A companhia norueguesa era uma das empresas mais empolgadas com o jato da Boeing por sua capacidade de voar mais longe e com custos significativamente mais baixos. Desde o aterramento, no entanto, a Norwegian Air tem sido crítica com a fabricante americana, de quem cobra um ressarcimento pelos prejuízos que teve.

O 737 MAX da Norwegian no aeroporto de Cork, na Irlanda: fim dos voos em setembro (Cork Airport)

Retorno em dezembro?

E a situação da Norwegian Air poderá se repetir com mais companhias aéreas nos próximos meses à medida que o retorno do 737 MAX ao serviço permanece incerto. A cada dia, os prejuízos acumulados crescem, como revelou a consultoria OAG.

A Boeing afirmou recentemente que pretende entregar a revisão do software que controla o sistema MCAS até setembro para que as autoridades possam analisá-lo até o final do ano.

Se tudo correr como planejado, o 737 MAX poderia voltar a voar em dezembro ou em janeiro de 2020. Algumas companhias aéreas clientes da Boeing têm reprogramado os voos com o jato para esse período, na esperança de retomar seus planos e contar com a grande economia de combustível prometida pelo 737 MAX. Nunca essa vantagem do jato será tão útil para compensar a frustração com sua ausência.

Veja também: Boeing 737 MAX da Ryanair é flagrado com outro nome

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