De forma totalmente previsível, a Avianca anunciou em 13 de maio que desistiu do projeto de encampar a low-cost Viva Air. A maior transportadora colombiana culpou a lentidão das ações do governo e “a pouca flexibilidade regulatória” pelo fim do acordo, revelado em abril de 2022.
“Apesar de a Avianca ter procurado repetidamente salvaguardar a existência da Viva e, assim, proteger os consumidores, o emprego e a conectividade regional, infelizmente as condições para a transação definidas pela Aerocivil não só não permitiriam à Viva ser uma companhia aérea financeira e operacionalmente viável, como poderia até colocar em risco a estabilidade da Avianca e do setor”, afirmou a Avianca em comunicado.
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A decisão praticamente colocou um ponto final em um possível retorno da Viva Air, que no dia seguinte reconheceu que “sem a possibilidade de um respaldo financeiro, a empresa já não conta com a capacidade para continuar operando no mercado”.
Além da demora em analisar o processo, a Avianca culpou a Aerocivil, a agência de aviação civil da Colômbia, de obrigá-la a assumir “rotas e compromissos de nível de serviço e preços que não correspondem às capacidades remanescentes da Viva após dois meses de suspensão das operações.”
Além disso, a Aerocivil exigiu que fossem devolvidos muitos slots no Aeroporto El Dorado, em Bogotá, o mais congestionado e importante do país. Segundo a Avianca, a regra “não permitiria que a Viva para basear um único avião no principal aeroporto do país de forma eficiente”.
“Infelizmente, esse longo processo coloca em risco iminente a Viva, a companhia aérea que trouxe o modelo de baixo custo para o país, colocou milhões de colombianos no avião a preços competitivos e deu emprego direto e indireto a milhares de famílias,” disse Adrian Neuhauser, presidente e CEO da Avianca.
“Agora o desafio do país será avançar nos planos para proteger o setor e evitar que a Colômbia continue perdendo competitividade, desviando o fluxo de passageiros para países como Panamá, Chile e Peru”, concluiu.