Sequestro do voo VASP 375 vira filme; assista ao trailer

Filme dirigido por Marcus Baldini conta a história do Voo 375 da VASP, sequestrado em 1988
“O Sequestro do Voo 375” estreia nos cinemas dia 7 de setembro (Divulgação)

Uma das histórias mais estarrecedoras da história aviação brasileira será contada nas grande telas. Intitulado “O Sequestro do Voo 375”, o longa-metragem relembra os momentos de tensão do voo VASP 375, que foi sequestrado em 1988. Com estreia nos cinemas marcado para o dia 7 de setembro, o filme é dirigido por Marcus Baldini com apoio das produtoras Escarlate e Star Original.

O elenco conta com Jorge Paz, que interpreta o sequestrador Raimundo Nonato Alves da Conceição, e Danilo Grangheia, no papel do comandante Fernando Murilo de Lima e Silva, o herói que impediu a tragédia com o Boeing 737 da extinta VASP. Também atuam no filme Arianne Botelho, César Mello, Gabriel Godoy, Juliana Alves e Roberta Gualda.

Confira abaixo o trailer do filme:

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O Sequestro do voo VASP 375

Em 29 de setembro de 1988, o jato 737-300 operado pela Viação Aérea São Paulo (VASP) cumpria o voo VASP 375, uma rota doméstica que partiu do Aeroporto Internacional de Porto Velho (RO) com destino ao Galeão, no Rio de Janeiro, com quatro escalas em Cuiabá (MT), Brasília (DF), Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG).

Na última perna do viagem, o passageiro identificado como Raimundo Nonato Alves da Conceição, que embarcou na aeronave em Confins portando um revólver, anunciou o sequestro do voo e matou o copiloto da aeronave, Salvador Evangelista, com um tiro na cabeça após ele tentar alertar ao controle de tráfego aéreo sobre a situação que acontecia a bordo.

A exigência do sequestrador era que o avião fosse desviado para Brasília e arremessado contra o Palácio do Planalto, sede do gabinete do então presidente José Sarney. Mais tarde, Raimundo alegou que a motivação do crime era seu descontentamento com as políticas de Sarney, que ele considerava ser o culpado pela péssima fase econômica que o Brasil enfrentava na época.

Convencido pelo comandante Murilo, o sequestrador desistiu de derrubar o avião sobre a sede do governo, mas impediu o pouso do avião no aeroporto de Brasília. Raimundo decidiu então que a aeronave deveria seguir para São Paulo, mas foi alertado que não havia combustível suficiente para continuar o voo até o destino pretendido.

Com pouco combustível, um dos motores do 737 da VASP começou a falhar. Foi neste momento em que o comandante Murilo, já quase sem opções, decidiu realizar uma série de manobras acrobáticas nunca antes realizadas com um avião daquele porte repleto de passageiros no intuito de desequilibrar o sequestrador. A estratégia funcionou e Raimundo acabou caindo na cabine, embora tenha conseguido manter em punho seu revólver. No entanto, o piloto teve tempo suficiente para aterrissar o jato no aeroporto de Goiânia, onde o sequestro e as negociações continuaram por várias horas.

O sequestrador chegou a exigir um avião menor para fugir, mas, quando descia a escada do 737 usando o comandante Murilo como escudo, acabou sendo baleado três vezes pela equipe de elite da Polícia Federal. Raimundo morreu dias depois.

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