Sociedad Uruguaya de Aviación (SUA) será a nova companhia aérea do Uruguai

Empresa deverá ser anunciada na próxima segunda-feira e voará inicialmente com aeronaves Airbus A220-300 arrendadas da AirBaltic
A220-300 da airBaltic
A220-300 da airBaltic

O Uruguai convive com uma situação incômoda desde 2012, a ausência de uma companhia aérea de bandeira.

Entre 2016, a Amaszonas Uruguay operou voos na região, mas a iniciativa foi limitada até seu fechamento em 2021.

Na segunda-feira, 28, porém, um anúncio deverá mudar esse panorama, o lançamento da Sociedad Uruguaya de Aviación (SUA), futura transportadora de bandeira do Uruguai.

Os detalhes do projeto ainda são escassos, contudo. A mídia local fala em investidores árabes por trás da empresa aérea, que irá operar com aeronaves Airbus A220-300 arrendadas da AirBaltic, da Letônia.

Também há relatos de que seis jatos serão usados inicialmente e que a SUA pretende ter uma base de manutenção e suporte do A220 na América do Sul, incluindo um simulador de voo.

Boeing 707 da Pluna (Pedro Aragão)

Os destinos serão conhecidos durante o anúncio, mas o plano seria de lançar voos a partir do final do ano e chegar a 10 aeronaves a média prazo.

A iniciativa contaria com apoio do governo do Uruguai, que chegou a prever o lançamento de uma companhia aérea nacional há exato um ano, sem revelar qual grupo privado estava envolvido no projeto.

Pluna encerrou operações em 2012

O Uruguai teve uma companhia aérea bandeira por muitos anos, a Pluna, fundada como uma empresa privada em 1936 e nacionalizada em 1951.

Embora com uma frota pequena de aeronaves, a empresa chegou a ter voos entre Montevidéu e Nova York e Miami, nos Estados Unidos, usando antigos Boeing 707.

CRJ-900 da PLUNA chega de Montevidéu (Wellington Tohoru Nagano).

Em 1995, o governo do Uruguai vendeu parte do capital da Pluna para um consórcio de empresas argentinas e, depois, para a VARIG.

No entanto, nos anos seguintes problemas econômicos na vizinha Argentina e no Brasil acabaram causando prejuízos à Pluna, então com uma frota renovada de jatos regionais Bombardier CRJ-900.

Em 2012, em meio a altas dívidas, as operações da Pluna foram suspensas e seus ativos foram leiloados, incluindo sete jatos CRJ-900.

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