O próximo “Concorde”, quem diria, pode ser chinês. A COMAC, fabricante de aviões comerciais controlada pelo governo da China, iniciou estudos sobre velocidades supersônicas e aeronaves com formatos e tecnologias “não convencionais”, aponta o site Aviation Week.
Shi Jianzhong, vice-presidente da COMAC, afirmou nesta semana, durante uma conferência sobre aviação civil em Xangai, que a empresa pretende desenvolver novos sistemas de propulsão e estruturas avançadas. Segundo o executivo, esses avanços vão originar um novo conceito de “aeronave inteligente”. Informações sobre desempenho e capacidades do projeto, contudo, não foram divulgadas pelo executivo.
A nova empreitada da fabricante chinesa vai contar com ajuda da Rússia, por meio do grupo United Aircraft Corporation (UAC), que reúne alguns dos mais tradicionais fabricantes russos do segmento, como a Tupolev, Sukhoi e Ilyushin. As duas companhias devem formalizar até o final deste mês um novo acordo de parceria para o desenvolvimento de aeronaves comerciais.
A COMAC e a UAC já são parceiras no projeto do C929, já apelidado pela mídia de “777 chinês”, em referência ao jato de grande da Boeing. O programa de desenvolvimento, no entanto, ainda não foi iniciado. O cronograma da fabricante chinesa, no entanto, é dos mais otimistas e aponta a entrega da primeira aeronave para 2027.
COMAC avança
Atual principal fabricante de aeronaves da China, a COMAC ganhou os holofotes da mídia neste mês ao realizar o voo inaugural do C919. A aeronave é proposta para concorrer com os tradicionais Airbus A320 e Boeing 737, os jatos comerciais mais vendidos do mundo.
O desenvolvimento do novo jato chinês é planejado para ser concluído em 2019, ano que também é prevista a entrega das primeiras unidades, a companhia aérea China Eastern Airlines. O C919, apesar de ainda ser um projeto recente, já conta com quase 600 unidades encomendas, a maioria de empresas da China.
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Me põe na primeira fila. Sempre quis voar no concorde, agora que tenho grana não tem o avião