A Saab sofreu um contragolpe nesta semana após o governo suíço apurar em plebiscito que a população do país não vê necessidade de comprar uma frota de caças para defesa aérea. A empresa sueca havia vencido uma encomenda de 22 aeronaves em 2011 para fornecer caças Gripen E no lugar dos velhos F-5 da Suíça, porém, na votação realizada nos últimos dias, 53,4% dos votantes foram contrários ao negócio.
Para os opositores da compra, o governo gastaria cerca de 10 bilhões de euros para manter a frota, o que seria um gasto inútil, na visão deles. Já os defensores da compra argumentam que o país ficará desprotegido contra ações terroristas e lembraram do episódio em que um avião da companhia Etyopian Airlines, sequestrado, fez um pouso forçado em Genebra, após ser escoltado por caças franceses e italianos. Não havia como a Suíça fazer o mesmo, segundo eles.
Críticos na Europa acreditam que o revés pode contaminar inclusive a compra do aparelho pelo Brasil, que ainda precisa ser finalizada. Até o momento, apenas Brasil e Suíça haviam encomendado a nova geração do Gripen.