O Instituto de Aviação da Sibéria (SIBNIA) em conjunto com o fabricante russo Sukhoi completaram com sucesso nessa quarta-feira (10) o primeiro teste de voo da versão modernizada do veterano biplano Antonov AN-2, em serviço desde 1947.
Segundo comunicado da Sukhoi, a aeronave russa renovada tem estrutura de fibra de carbono e asas redesenhadas com direito até a winglets. Esse componente fica posicionado na extremidade das asas e ajuda a reduzir o arrasto aerodinâmico, o que reduz o consumo de combustível e também aumenta a estabilidade da aeronave. Essa tecnologia é comum em jatos comerciais, como o Boeing 737 e Airbus A320.
A mudança no design, de acordo com o fabricante, aumentou em 50% a velocidade do AN-2, que enfim é capaz de ultrapassar os 300 km/h – a versão antiga alcança apenas 258 km/h.
A Sukhoi, no entanto, ainda não divulgou se vai retomar a produção do AN-2, que foi encerrada na Rússia em 2002. O biplano, em contrapartida, ainda é fabricado na Polônia e na China.
É o caso clássico em que uma aeronave é tão especial que o único substituto dela e ela mesma. É uma aeronave extremamente útil usada para abastecer localidades perdidas na vastidão do território russo, pousa em praticamente qualquer lugar sem frescura.